Libido: alta, baixa ou no meio-termo?

O nível da libido pode ser indicado pela frequência com que sentimos desejo e interesse por sexo e reagimos a um estímulo sexual, seja físico, visual ou na imaginação.

Homem No Espelho - Libido masculina - alta baixa - queda da libido)

Por Wilson Weigl

Fotos: Deposit Photos

Libido é o termo usado para definir o desejo, a procura instintiva da satisfação sexual. Seu significado na sexualidade abrange tanto o impulso para fazer sexo ou para se masturbar quanto os pensamentos sexuais. Também expressa o modo em que cada pessoa reage a um estímulo sexual, seja físico, visual ou na imaginação. Mas apesar de instintiva, sofre influência de complexos fatores físicos, psicológicos, emocionais e culturais.

“Libidinoso” se tornou um adjetivo para identificar atos, gestos, pensamentos ou comportamentos sensuais. Um indivíduo “libidinoso”, por exemplo, seria aquele que busca frequentemente os prazeres sexuais, alguém voluptuoso e até lascivo.

Libido masculina

O nível da libido — alta, baixa ou em algum lugar no meio termo — pode ser indicado pela frequência com que sentimos desejo e interesse por sexo. Mas não reflete necessariamente a frequência com que nos envolvemos em atividades sexuais concretas.

Sentir pouco desejo e interesse por sexo pode caracterizar baixa libido. E desejo sexual frequente ou intenso expressar libido alta. Mas desejo é um parâmetro subjetivo, varia de pessoa para outra, e não existe medida ou parâmetro para a libido ser “normal”.

Por que os homens gostam tanto de sexo

Assim como não pode ser medido, o nível da libido também não permanece o mesmo. Pela influência emocional, psicológica e da condição física, a libido pode oscilar em diferentes fases da vida. É normal passar por períodos de mais ou menos tesão. Estresse, depressão, ansiedade, queda de testosterona e até simples cansaço podem causar baixa da libido. As oscilações ou mesmo os períodos em que não se está muito a fim de sexo não significam que algo esteja errado.

Queda de libido masculina

A testosterona, hormônio masculino, tem influência direta na libido, por atuar nos mecanismos masculinos da excitação e ereção. Uma baixa na produção do hormônio pode impactar a libido, mas raramente a perda de tesão é um problema físico. Quase sempre a raiz do problema está em fatores psicológicos e mentais.

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Pressionados pelas crenças sociais, os homens associam libido a virilidade e potência, a estarem sempre com tesão e terem vida sexual movimentada. Para piorar, tanto a pornografia quanto as mídias sociais exaltam o indivíduo viril, potente, sempre ávido e pronto para o sexo. Daí ao se compararem com esses homens idealizados, muitos sofrem por não se sentirem atletas sexuais.

Queda de libido masculina

Na real, cada um deve estar satisfeito com sua libido. Sentir vontade de sexo apenas uma vez por semana pode ser absolutamente satisfatório para um homem, assim como querer todo dia normal pode ser natural para outro. Encontrar parceiras(os) que se encaixem em seu nível de necessidade é a chave para ter uma vida sexual plena e satisfatória.

O ponto crucial é não se deixar influenciar por falsas concepções que apregoam que, quanto ao nível de libido, quanto maior, melhor.

Por não existir medida de nível “normal” de libido, mesmo que seja muito baixa ou muito alta para se caracterizar um distúrbio ela deve causar angústia, sofrimento ou de dificuldade de relacionamento. Tanto no caso da queda de libido, quanto percebe-se a perda do impulso sexual, tanto no caso da libido sem controle, que geralmente sinaliza a hipersexualidade ou compulsão por sexo (leia aqui o post).

Queda de libido masculina

Em ambos os casos é bom procurar apoio em um médico ou psicólogo. O primeiro, geralmente um urologista, pode pedir exames para descartar qualquer possibilidade de um problema em nível físico, como a queda de testosterona. O segundo, pode identificar uma causa psicológica ou emocional, ainda que temporária, ou até mesmo uma raiz em experiências sexuais negativas.

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