Calvície hereditária: como prevenir e tratar o problema

Nada pior do que observar no espelho o aparecimento das primeiras entradas no cabelo. Pior ainda quando se tem pai, avô ou irmão careca: é quase uma sentença de que não vai dar para escapar do problema. Mas espera aí. Estamos no século 21 e hoje não é difícil reverter a queda com tratamentos de ótimos resultados.

Para 60% por cento dos homens, os folículos onde nascem os fios no couro cabeludo começam a atrofiar por volta dos 35 anos de idade, deixando o cabelo mais fino e ralo. Aos 50 anos, 85% da população masculina apresenta o problema. Mas para alguns homens o processo cedo começa a falhar – em muitos casos já aos 15 anos, devido à condição chamada alopecia androgenética — a queda de cabelo causada pela hereditariedade, que pode causar a perda parcial ou até mesmo total dos fios.

“As ‘entradas’ já são uma forma de calvície, num estágio inicial. A perda capilar no topo da cabeça também é outra característica do quadro”, diz a dermatologista Gabriella Albuquerque. Dados da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) indicam que o problema pode se iniciar na adolescência e só ser notado por volta dos 40 ou 50 anos.

Por ser uma condição crônica, muita gente fica em dúvida sobre como tratar a alopecia androgenética — e nem mesmo sabe que ela pode ser tratada com ótimos resultados. Então vamos conhecer tudo sobre esse tipo de calvície e seu tratamento. Confira.

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O que é alopecia androgenética?

Como o próprio nome sugere, é uma forma de queda de cabelo determinada pela hereditariedade. “O histórico de calvície na família é relevante no desenvolvimento da doença”, explica a dermatologista Cláudia Alcântara.

Apesar disso, a existência de carecas na árvore genealógica não é uma “sentença” de que o indivíduo sofrerá com esse tipo de queda de cabelo. A existência de casos na família, embora aumente o risco, não significa, necessariamente, que a condição se manifestará.

Praticamente todo homem se liga se tem pai ou irmão careca e muitos não entendem porque estão perdendo cabelo se não tem antepassados calvos. Acontece que os genes são herdados tanto do lado paterno quanto materno e o problema pode pular gerações. Ou seja, apesar de seu pai ser cabeludo, você pode ter herdado a predisposição à calvície de seu bisavô ou tataravô. Ou mesmo da família de sua mãe! É preciso observar os dois lados da família para saber de onde vêm os genes herdados.

Como ela se manifesta?

“A calvície androgenética é caracterizada pela miniaturização do folículo piloso dependente de androgênicos, com o encurtamento programado do ciclo capilar de crescimento e queda e a transformação do pelo grosso e forte em pelos vellus, curto, claro e fino”, diz a dermatologista Elizabeth Senra. Ou seja, neste tipo de calvície, os fios ficam ralos e começam a surgir falhas ou áreas sem cabelo no couro cabeludo.

A produção deficiente de fios está ligada ao hormônio masculino, a testosterona. A enzima 5-alfa-redutase age no couro cabeludo convertendo a testosterona na substância dihidrotestosterona (DHT), que atrofia os folículos capilares e enfraquece os fios.

Entretanto, quando se percebe a perda dos fios é preciso levar em conta outros fatores além da hereditariedade, como estresse, inflamações e fungos no couro cabeludo. Leia aqui o post sobre as 4 principais causas da queda de cabelo.

Como é tratada a alopecia androgenética?

O tratamento baseia-se no uso de medicamentos estimulantes do crescimento dos fios, como o minoxidil, e em bloqueadores hormonais para controlar a testosterona. “As terapias antiandrogênicas (de controle do hormônio) podem ser feitas por meio de remédios ministrados por via oral, aplicação tópica de outros medicamentos nos locais da perda de cabelo e, mais atualmente, injeções de microdoses”, esclarece a doutora Elizabeth Senra. O tratamento deve ser feito em consultório dermatológico.

Como se trata de uma doença crônica, sem cura, o paciente precisa manter o tratamento de forma contínua.

Alguns hábitos também são úteis no tratamento deste tipo de calvície. “Boas práticas de limpeza são recomendadas para o couro cabeludo, a fim de diminuir a oleosidade excessiva, e também terapias adjuvantes com laser, que diminui a inflamação do folículo piloso”, diz a dermatologista.

Como oleosidade em excesso não só deixa o cabelo engordurado como favorece a proliferação de fungos que provocam caspa, além de prejudicar o crescimento do cabelo por entupir os folículos onde nascem os fios, leia aqui como cuidar do cabelo masculino oleoso.

A importância do tratamento precoce

Os médicos ressaltam que quanto mais precoce for o tratamento da calvície hereditária, maior será o êxito. “Os melhores resultados são aqueles em que conseguimos interromper a progressão da doença e evitar uma maior queda de cabelo. Geralmente, se os pais têm genética para calvície, recomendamos o início imediato do tratamento dos filhos após a puberdade”, aconselha Elizabeth Senra.

“Quanto mais cedo iniciamos o tratamento, quando os sintomas ainda são brandos, melhores são os resultados. Isso porque os fios ainda não estarão completamente miniaturizados e também porque não existirá uma atrofia completa do folículo. Ou seja, ele ainda consegue responder ao tratamento, voltando a produzir pelos”, diz a dermatologista Elisabete Rocha.

Portanto, logo que perceber as primeiras entradas procure, se puder, um dermatologista especializado em cabelo. O diagnóstico vai apontar se a que da é provocada pela alopecia androgenética ou por alguma outra disfunção. Seja como for, sempre há uma possibilidade de tratamento com bons resultados.

O laboratório Aché criou um site especializado em cabelo. Para descobrir mais informações, fazer um teste sobre queda de cabelo e encontrar um dermatologista para iniciar o tratamento, clique aqui ou na foto baixo.