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Além do prazer, a atividade sexual traz inúmeros benefícios para o corpo e a mente: faz bem para o coração, diminui o hormônio do estresse e até ajuda a dormir melhor.
Por Wilson Weigl
Sexo é prazer. Deleite total dos sentidos. Mas a verdade é que existem muitos benefícios para o corpo e a mente ocultos além da excitação e do orgasmo numa boa relação sexual.
A atividade sexual alivia a tensão e diminui a ansiedade por diminuir a ação do cortisol — o hormônio do estresse — e melhora o humor e a qualidade do sono. Isso porque libera na corrente sanguínea neurotransmissores produzidos pelo cérebro que provocam relaxamento e bem-estar. Sexo praticado com regularidade contribui até para a saúde do coração, como um exercício físico leve.
Mais ainda: o sexo bom estimula a conexão entre os parceiros ao liberar o “hormônio do amor”, a ocitocina. “No entanto, para alcançar esse benefício, os parceiros precisam estar à vontade um com o outro”, diz o urologista Eduardo Leze, Doutor em Fisiopatologia e Ciências Cirúrgicas pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
E quantas transas por semana são necessárias para garantir esses benefícios para a saúde? “A verdade é que não há resposta correta, já que quantidade nada tem a ver com qualidade. E não existe frequência ideal de sexo. Há pessoas que sentem mais desejo e urgência sexual do que outras, o que é normal”, explica o médico.
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A seguir, o doutor Leze dá 5 excelentes motivos para intensificar as atividades nos lençóis.
Sexo diminui a ansiedade
O estresse causado pelo excesso de ansiedade é um dos maiores vilões para o corpo. A liberação constante de adrenalina pode aumentar a pressão arterial, influenciar a queda de cabelo e o surgimento de doenças de estômago (como úlcera) e de pele e causar outros inúmeros malefícios. As descargas constantes de adrenalina desequilibram totalmente o organismo.
O sexo é um santo remédio para aliviar as tensões do dia-a-dia, ao liberar substâncias chamadas endorfinas, neurotransmissores que provocam sensação de calma e bem-estar e estimulam o relaxamento.
A liberação de ocitocina, o “hormônio do amor”, durante o sexo também ajuda a promover sensação de tranquilidade e relaxamento. E o orgasmo relaxa os músculos e favorece o sono (leia abaixo).
Sexo faz bem para o coração
Esse benefício é semelhante ao da prática regular de atividade física: saúde do coração e das artérias. Durante a relação sexual há um aumento do trabalho cardíaco e da pressão arterial, como nos exercícios físicos.
O sexo pode ser comparado a uma atividade física leve a moderada, como subir lances de escada ou fazer uma caminhada curta. O aumento dos batimentos funciona como um exercício cardiovascular, que protege contra o AVC (acidente vascular cerebral) e ajuda a preservar a saúde das artérias.
Como a ereção está ligada ao bom funcionamento do sistema cardiovascular (o pênis enche de sangue para ficar duro), ao favorecer a circulação do sangue o sexo frequente também contribui para prevenir ou diminuir problemas de dificuldade de ereção.
O médico faz um alerta para os homens que sofrem de hipertensão ou doença coronariana. Como a relação sexual é uma forma de esforço físico, os cardíacos têm 3 vezes mais risco de sofrer um infarto no sexo do que em outras situações com gasto energético similar. A dica do doutor Leze é consultar um cardiologista.
Sexo estimula o bom humor
A liberação de serotonina — neurotransmissor produzido pelo cérebro que regula o humor e o sono — aumenta durante o sexo, o que pode levar a sentimentos de felicidade e tranquilidade após a relação sexual. Além disso, quem transa pode ficar mais otimista, de bom humor e ter pensamentos positivos.
Vale ressaltar que a sensação de satisfação desse hormônio tem efeito contrário à adrenalina. Assim, relaxando e tendo mais prazer, temos maior liberação de serotonina.
Sexo ativa o hormônio do amor
A ocitocina, conhecida como “hormônio do amor”, é liberada durante a relação em homens e mulheres. Ela intensifica a ligação entre parceiros sexuais e está relacionada à afetividade, aumentando a conexão do casal.
Neurotransmissor sintetizado no cérebro e liberado na corrente sanguínea, desempenha um importante papel na excitação sexual. Durante o orgasmo feminino, promove contrações uterinas. Nos homens favorece a ereção e a ejaculação.
Os níveis de ocitocina no sangue aumentam não apenas no sexo, mas também em abraços e beijos. É ela que estimula a vontade de ficar abraçado curtindo a(o) parceira(o) depois do orgasmo. Um significativo aumento da sua presença nos níveis sanguíneos também aparece nos primeiros estágios da paixão entre casais.
No sexo casual, sem compromisso, raramente se experimenta a sensação gostosa de proximidade depois da relação, ainda mais se depois da transa você tomar um banho, vestir a roupa e ir embora.
Sexo melhora o sono
Sono de qualidade é sono reparador. Com ele, o corpo restabelece seu equilíbrio depois das funções e emoções do dia, recupera os danos no DNA e seu metabolismo. Pois uma cama movimentada também colabora para uma noite tranquila. A relação sexual com orgasmo favorece o relaxamento muscular, provoca uma mistura de bem-estar e exaustão que induz a pegar no sono.
Aqui influencia novamente a ação relaxante da ocitocina (leia acima), já que ela também diminui os níveis do hormônio cortisol, associado ao estresse.
Sabe aquela reação masculina que as mulheres reclamam: gozar, virar para o lado e pegar no sono? É um efeito colateral do sexo bom, sim senhor!
Fotos: Deposit Photos
O que muitos negligenciam é que a atividade sexual é energia que pode ir de um momento romance a transa “inteira” (preliminar e climax)!Me marcou noutro site, o comentário de que o marido chega próximo “sempre excitado”; ai pensei que maturidade sexual a esposa tem? Há homens mais viris e também mulheres “calientes” e tudo normal. Como também tal condição Não implica na frequência semanal de relações do casal: apenas sugere mais carinho, beijos, ficarem mais “enamorados”! Há um certo nexo causal na frase dita aos de “comportamento apimentado”: “quando a pessoa é mal amada”!!!