Getting your Trinity Audio player ready...
|
Qual o impacto que a abstinência sexual provoca no homem? Pode-se ficar numa boa ou deprimido e pra baixo, sentir cada vez menos vontade de transar ou, ao contrário, pensar em sexo o tempo todo.
Por Wilson Weigl
Ficar sem fazer sexo não é nada que um homem não consiga administrar. A fase “em branco” pode acontecer por mil razões (pessoais, morais, afetivas, religiosas), por um período curto ou por toda a vida. Muitos homens ficam celibatários por um bom tempo. A questão é: qual o impacto que a falta de sexo provoca no corpo?
O conceito de ficar “muito tempo” sem transar varia de homem para homem. Para uns podem ser dias, para outros meses, anos. A abstinência sexual afeta cada um de acordo com a idade, a libido e o estado psicológico e emocional. Depende também se o homem parou de transar por decisão pessoal, por impossibilidade física (estar doente, por exemplo), por dificuldade de encontrar um(a) parceiro(a) ou até porque sua cara-metade não pode ou quer transar (nesse caso, traição está fora de questão, ok?). Tem gente até que depois de uma fase de furor sexual resolve tirar umas “férias” e focar em outros aspectos da vida, pelo menos por um tempo.
LEIA TAMBÉM
- Masturbação sem vergonha: como desfrutar ao máximo o prazer
- Por que temos ereção de manhã?
- 7 curiosidades sobre sexo e o corpo do homem
- Quantas vezes dá para fazer sexo em seguida?
- O que sua posição sexual preferida revela sobre você
No homem, quase sempre a abstinência sexual é acompanhada de um fenômeno fisiológico chamado polução noturna, a ejaculação involuntária durante o sono (leia aqui o post). O organismo produz esperma continuamente, e como os órgãos sexuais internos não têm capacidade grande de armazenamento, o sêmen precisa ser eliminado de tempos em tempos.
Caras que se masturbam ou têm vida sexual ativa são pouco propensos ao gozo noturno, por usarem sempre seus “estoques”. A polução noturna é normal, ocorre com todos os homens, mais acentuadamente na adolescência mas pode se estender por toda a vida. Seu único inconveniente é acordar com a cueca, o pijama ou o lençol melado.
Quando fica sem fazer sexo muito tempo você pode:
-
Sentir cada vez menos vontade de fazer sexo
Quanto menos se pensa em sexo, menos se pensa em sexo, diz uma teoria da psicologia. Alguns homens celibatários podem experimentar uma progressiva queda na libido e sentir cada vez menos urgência ou vontade de transar. Com esse tema fora do círculo de atenção, diminui ainda mais o interesse por buscar sexo. Seria algo do tipo “O que os olhos não veem, o coração não sente”. Só que, no caso, não seria bem o coração que não sente nada.
-
Ficar triste e deprimido
O sexo é um antidepressivo natural, porque o orgasmo libera o hormônio oxitocina (aquele que faz a gente ficar abraçado depois de gozar), ligado à sensação de bem-estar. A conexão com outra pessoa por meio de carícias e toques também supre, ainda que só em parte, nosso desejo primordial e instintivo de receber afeto e carinho. Sem o benefício desses estimulantes naturais, pode-se ficar propenso a se sentir para baixo, porque segundo os médicos há correlação entre falta de atividade sexual e estados depressivos.
Mas alto lá! Ao ficar sem fazer sexo, ninguém se enquadra automaticamente no diagnóstico médico de “depressão” como doença. Não é uma relação de “causa e efeito”, ainda que queda da libido e desinteresse por sexo sejam sintomas clínicos de depressão. Não é só porque está numa fase em branco que alguém vai necessariamente ficar deprimido. Mas como o humor e a autoestima vão lá para baixo e a tristeza e a carência afetiva sobem às alturas, cada um lida com isso do jeito que é capaz.
-
Ficar mais estressado
Se o sexo é um calmante para você, ficar na abstinência pode causar um aumento no seu nível de estresse, causando nervosismo, ansiedade, falta de concentração. O inverso também é verdadeiro, segundo a Reader´s Digest, que diz que “as pessoas menos estressadas tendem a ter mais relações sexuais”. Até porque procuram e concretizam o sexo de forma mais relaxada, menos ansiosa e, no caso dos homens, sem medo de falhar na hora H. O resumo é: o sexo relaxa, mas é preciso estar relaxado para ter mais chances de fazer sexo.
-
Perder vitalidade e energia
A energia sexual é uma energia poderosa, primitiva, instintiva, ligada à ação e à vontade (para as filosofias indianas, é uma força que move o ser humano). A falta de sexo pode acarretar queda na vitalidade e no pique, desânimo para se exercitar.
-
Sentir medo de voltar a fazer sexo
Quanto mais tempo se fica sem fazer sexo, mais aumenta o risco de sentir insegurança de não saber mais fazer bem a coisa (acontece principalmente com caras mais jovens). Bobagem. Fazer sexo é como andar de bicicleta, não se desaprende. Mas como nós, homens, desde crianças somos criados e condicionados para tomarmos a iniciativa, conduzir a transa e nunca falhar ou desapontar na performance, é normal sentir receio depois de um longo período de inatividade. Se sua vida sexual era satisfatória antes dessa fase, vai continuar satisfatória quando a festa recomeçar.
-
Pensar em sexo o tempo todo
Esse é outro sintoma da abstinência sexual, quando ela acontece contra a vontade. Em vez de sentir cada vez menos vontade de fazer sexo (como expliquei lá em cima), a busca por uma transa vira obsessão. O homem entra nos aplicativos de sexo e, quando nada acontece, a combinação de frustração com tesão aumentado joga mais lenha na fogueira.
Pode-se começar a apelar para a masturbação frenética, até várias vezes por dia, ou começar a assistir a vídeos pornôs sem fim. O risco é que isso vire compulsão ou vício: a facilidade de aliviar a tensão sexual por conta própria pode levar o homem a se afastar da “vida real” e desistir da procura por pessoas de carne e osso. Resultado: mais e mais tempo afastado das relações sexuais.
Resumo final: ficar longos tempos sem transar não causa nenhum problema em nível físico, mas pode deixar sequelas em seu estado psicológico e emocional. Avalie se você se enquadra em algumas das alternativas acima e combata a tendência a deixar a secura abalar sua autoestima, sua autoconfiança e seu equilíbrio. Converse com os amigos (se abrir com eles não é nenhuma vergonha), troque experiências. Caso seja preciso, procure orientação de um psicólogo ou sexólogo.
Há algum tempo senti um homem ainda jovem, por volta dos 30 anos, me desejando mas sem “iniciativa”. Sei que enfrenta dificuldades com o pai dele para tocarem a atividade comercial que possuem. Ontem passamos parte da tarde juntos e fomos ao motel. Deu de perceber o “apetite” dele, como sou coroa, acabei conduzindo o tempo e equilibrando a libido dele. Cheguei a dizer que tinha todo o tempo para ele! Depois ele comentou tanta espera e sair com homem mais vivido tem suas vantagens! Combinamos de “repetir”! Mais que o prazer que interagimos, foi ouvi-lo que lhe fiz bem!!!