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Da excitação erótica até a ejaculação, o processo é complexo e envolve uma série de interações entre o cérebro, o sistema nervoso, o sistema hormonal e o sistema vascular.
Por Wilson Weigl
Do momento em que começamos a ficar excitados e temos uma ereção até o momento de gozar, o que acontece no corpo durante o sexo? Os processos de excitação, ereção, ejaculação e orgasmo são complexos e envolvem uma série de interações entre o cérebro, o sistema nervoso, o sistema hormonal e o sistema vascular.
Para que esse processo complexo se desenrole como deve, todos os sistemas devem estar funcionando apropriadamente. Os hormônios que influenciam a libido, a excitação sexual e a ereção— testosterona, cortisol e estradiol — devem estar em equilíbrio. Sistema nervoso também: não apenas problemas neurológicos mas também psicológicos — ansiedade, depressão, nervosismo, baixa da libido — podem impedir que a mensagem sexual gerada seja transmitida pelo cérebro de maneira adequada. No sistema circulatório, artérias devem estar desobstruídas, livres e desimpedidas para que o sangue encontre caminho livre até o pênis, como você vai ver abaixo.
Tudo começa com um estímulo erótico, que pode ser físico, visual, auditivo ou mental (acionado por pensamentos ou lembranças). O corpo responde ao estímulo com uma série de ações fisiológicas.
O cérebro recebe e interpreta o estímulo sexual, e libera através do sistema nervoso, mais especificamente pela medula espinal, neurotransmissores como dopamina, serotonina, oxitocina e óxido nítrico, este último o mais importante por sua ação vasodilatadora, vão atuar no lugar onde são chamados: no pênis. Como o cérebro é responsável por todo o processo, costuma-se dizer que ele é maior órgão sexual.
Essas substâncias químicas provocam o relaxamento dos músculo lisos das artérias penianas, que se dilatam para receber sangue.
Os corpos cavernosos do pênis, estruturas como esponjas, se enchem de sangue — o volume fica até 8 vezes maior do que em estado flácido. Um tecido firme que envolve as artérias, chamado túnica albugínea, comprime os vasos e o sangue fica “trancado” no pênis até a ejaculação. Nesse caminho do sangue até o pênis, se as artérias estiverem obstruídas, mesmo que parcialmente, por placas de gordura (aterosclerose) o menor calibre prejudicará o fluxo e a entrada de sangue no pênis. Essa é uma das principais causas da disfunção erétil. Depois da ejaculação, o sangue reflui e o pênis volta a ficar flácido.
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O corpo todo entra no processo: os músculos se retesam e contraem, o coração aumenta a frequência de batimentos, para fornecer mais energia aos músculos para a “ação”, a pressão arterial e a temperatura corporal se elevam e a respiração fica mais profunda e rápida.
Na ejaculação, contrações dos músculos penianos e ao redor da base do ânus ajudam a expulsar e lançar o esperma à distância. Para muitos homens o sêmen só pinga fora do pênis na ejaculação, enquanto outros podem ejacular a uma distância de 1 metro ou mais. O orgasmo masculino dura de 2 a 10 segundos, enquanto o feminino chega a 20 segundos. Seja na relação sexual ou na masturbação, a cada orgasmo é expelido menos esperma, porque o corpo demora para produzir fluido seminal.
O orgasmo soma as sensações físicas prazerosas da expulsão do esperma com uma onda química de endorfinas, neurotransmissores que provocam bem-estar e relaxamento. Orgasmos intensos podem também desencadear espasmos musculares com estremecimento de outras partes do corpo. A liberação de ocitocina, o “hormônio do amor”, também ajuda a promover sensação de tranquilidade e relaxamento. E o orgasmo relaxa os músculos e favorece o sono (aquela velha conhecida vontade de virar para o lado e dormir!
Após ejacular, o homem precisa de tempo para ter nova ereção. É o período refratário, que varia com a idade e a saúde física. Quanto mais se envelhece, mais ele demora. Nos jovens, o período refratário pode durar apenas alguns minutos, enquanto os maduros podem precisar de 30 minutos a até 24 horas para nova ereção.
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