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Sexo sem preservativo é recomendado apenas para quem está num relacionamento monogâmico. Mas e quem não tem parceira(o) fixa(o), porém tem vontade de fazer?
Por Wilson Weigl
Fotos: Deposit Photos
Sexo “bareback”, “no pelo”, “na pele”, sem camisinha, pode ser mais prazeroso e excitante do que o sexo protegido, é claro. Fisicamente proporciona mais sensação na pele, mais calor, mais atrito. Em nível psicológico, mais conexão, vínculo e intimidade, ainda que só na hora.
A recomendação é de que sexo sem preservativo seja restrito às relações monogâmicas, pelo alto risco de se contrair uma infecção sexualmente transmissível (IST). Mas e quem não tem parceira(o) fixa(o), porém tem vontade de fazer? Como faz? Ou não faz?
O que quer dizer “bareback”? Em inglês, montar a cavalo sem sela. E quanto arriscado é realmente? Não dá para mentir e afirmar que não é arriscado. Exatamente o quanto arriscado é difícil dizer, já que há muitos fatores envolvidos no grau de risco. Desde quantos parceiros cada um já teve, até quem faz ou recebe penetração e outros fatores.
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O uso de PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) protege contra o vírus HIV, mas não de herpes genital, HPV, gonorreia, hepatite B e C, clamídia, tricomoníase e sífilis. Todas causadas por vírus, bactérias e parasitas transmitidos pelo contato sexual — oral, vaginal ou anal. Camisinha é a única maneira eficaz de se prevenir das infecções.
A maioria das ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) não tem sintomas ou sintomas tão leves que são difíceis de reconhecer. Você ou o(a) parceiro(a) podem transmitir uma IST sem nem perceber que a contraíram.
O risco é maior para quem é penetrado (tanto homens quanto mulheres). Principalmente no sexo anal, porque o tecido que reveste o reto é fino e facilmente lesionado, o que facilita as infecções. Mas quem penetra também não está a salvo, porque os vírus causadores de doenças entram no corpo através da uretra ou por meio de feridas no pênis ou escoriações causadas pela fricção de pele contra pele.
Tomar a decisão de não usar preservativo não é algo que se faz por capricho. As consequências podem ser graves. O ideal é ter uma conversa franca com os parceiros em potencial sobre os riscos e expectativas. Pode ser difícil falar sobre essas coisas com alguém que você não conhece bem, mas é importante para a segurança dos envolvidos.
E se não estiver disposto a investir tempo e esforço necessários para testes e precauções regulares, ou se houver um indício de desconfiança na situação, apegue-se à camisinha!
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