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O sexo oral não é apenas uma preliminar, mas uma experiência sexual completa. Então vale a pena saber como aproveitá-lo ao máximo.
Por Wilson Weigl
Fotos: Deposit Photos
Ao contrário do que muita gente pensa, o sexo oral não é só uma preliminar, mas sim uma prática que se basta, uma experiência sexual completa.
Muitos casais usam sexo oral como uma forma de se aquecer ou entrar no clima para a relação sexual, mas a estimulação oral é prazerosa também como um ato independente. Pode ser tão prazerosa quanto a relação sexual, e também tem alguns dos mesmos riscos envolvidos.
Estudos mostram que muitos adolescentes e jovens adultos experimentam sexo oral antes de se envolverem em relações sexuais genitais.
Então vale a pena saber como aproveitá-lo ao máximo.
Para as mulheres, o sexo oral (cunnilingus) nas preliminares pode ser muito importante, já que, segundo pesquisas, 80% delas não conseguem chegar ao orgasmo com a penetração rápida — que os homens gostam bastante.
Todo mundo tem suas preferências quando se trata de sexo oral, então é importante conversar com a(o) parceira(o) sobre o que é bom e o que não é, e estabelecer quaisquer limites que qualquer um possa ter. Algumas pessoas gostam de sexo oral, enquanto outras podem não gostar ou se sentir desconfortáveis, por vários motivos.
Essa conversa ajuda a garantir que ambos tenham uma experiência positiva, mas geralmente é mais fácil de acontecer em um relacionamento estável ou com parceiros sexuais conhecidos. Nem sempre é possível ter essa discussão em uma experiência de sexo casual, mas sempre dá para se passar uma mensagem até sem palavras.
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Confira abaixo algumas dicas para curtir ao máximo sexo oral.
Dá-lhe saliva!
Muita saliva é garantia de sexo oral bem feito, pela lubrificação. Senti-la escorrendo aos montes pelo pênis pode ser bem excitante, para os dois lados. E muitos também gostam de dar ou receber uma boa cuspida, embora alguns podem achar meio baixaria. Literalmente questão de gosto.
Curta o melado
O corpo é sábio, e a função do fluido produzido na excitação é garantir lubrificação para a penetração e neutralizar a acidez da urina na uretra, que danifica os espermatozoides. É um incrível e delicioso lubrificante também para o sexo oral. O fluido excretado varia de homem para homem: para alguns são poucas gotas pequenas e para outros ele escorre em grande quantidade.
Limpinho e cheiroso
Pênis cheiroso e com pelos aparados é quase garantia de sucesso. Pesquisas apontam que maioria das mulheres reluta em fazer sexo oral nos “equipamentos” com cheiro forte ou peludões em excesso. Homens gays também valorizam parceiros sexuais que estendem o cuidado com o corpo até as partes íntimas: existem mais homens que curtem pelos aparados na virilha e nas bolas do que outros que têm fetiche pelos peludões (as pesquisas também confirmam esse dado).
Olhos nos olhos
Há algo muito erótico em olhar nos olhos durante o oral. É uma excitação de mão dupla, tanto para quem faz quanto para quem recebe, ver o desejo e o prazer estampados no rosto do outro. Não é preciso o olho-no-olho o tempo todo, mas uns olhares sacanas de vez em quando botam lenha na fogueira!
Garganta profunda
A técnica de levar o membro até a garganta é uma habilidade avançada, pela possibilidade de engasgar. Mas é muito excitante ver (ou sentir) todo o comprimento dentro da boca.
Engole ou cospe?
Isso deve ser discutido e acordado antes do final da brincadeira. Se for preciso, pergunte. Não tente forçar a barra. Há quem não curta o gosto ou a atitude (que pode ser associada à submissão). Além disso, o esperma pode transmitir doenças (leia abaixo).
Atenção à zona de risco
Fique atento a qualquer coisa estranha no(a) parceiro(a), como feridinhas, verrugas ou vermelhidão. O risco de contágio de doenças no sexo oral é menor do que no vaginal ou anal, mas não deve ser descartado. Várias infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), como HPV, herpes, gonorreia e sífilis, são transmitidas no contato entre boca e genitais. Porém nem todas as ISTs apresentam sintomas, e os vírus podem ser presentes mesmo sem sinais aparentes. Embora mais rara, também é possível a contaminação pelo vírus HIV. No entanto, para que ocorra é preciso haver uma quantidade de vírus muito alta na pessoa infectada e alguma ferida na boca ou garganta em quem faz o sexo oral.
O beijo grego
A estimulação oral do ânus recebeu esse nome pois era prática comum entre homens na Grécia Antiga. O ânus é uma região que conta com muitas terminações nervosas, fontes de prazer, independentemente de gênero e de orientação afetiva sexual. Por isso, o estímulo pode ser agradável, quando se está disposto a experimentar. O anilingus costuma ser o primeiro passo antes da penetração anal, tanto pelo prazer como pela lubrificação da saliva.
Com isso em mente, é preciso saber que existem dois pré-requisitos igualmente importantes para o beijo grego, como tudo no sexo: higiene e consentimento. Antes se inserir a prática do beijo grego é importante que se converse sobre o prazer, sobre os tabus, sobre os limites que envolvem a prática.
Oral com camisinha?
Os médicos afirmam que a única forma de sexo oral 100% segura é usando camisinha (masculina ou feminina). A outra possibilidade é não fazer! Mas como na prática da vida real ambas as soluções são quase impossíveis, é preciso ter em mente os riscos antes de cair de boca nas partes íntimas de desconhecidos. Seja como for, deve-se evitar o sexo oral quando se está com um ferimento na boca (como qualquer procedimento feito no dentista).
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