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Vamos esquecer o que se ouve de negativo sobre o sexo rápido e focar em seus muitos benefícios para os relacionamentos e a saúde física e mental.
Por Wilson Weigl
Fotos: Deposit Photos
Pouco sexo é melhor do que nenhum sexo. Concorda? Então vamos esquecer por um momento tudo de negativo de que se ouve falar sobre a rapidinha e focar em seus vários benefícios, para os relacionamentos e a saúde física e mental.
Todo sexo é bom, dure 2 minutos ou 2 horas. Há até quem diga que o sexo rápido é o melhor tipo de sexo, porque sempre se arranja tempo para ele. Mesmo quando se anda atarefado, consumido por carreira, casa, filhos, em geral se arruma uma brecha para um vapt-vupt.
Uma rapidinha não vai fazer você se atrasar para o trabalho e já terá acabado quando seu filho de 5 anos bater na porta. E a rapidinha ainda preserva seu vínculo com a(o) parceira(o), já que uma transa rápida é alternativa até que role oportunidade para um serviço completo e demorado.
Rapidinha faz bem para a saúde
Que o sexo beneficia a saúde física, mental e emocional, todo mundo sabe. Mas não que o rápido faz tão bem quanto o demorado. Promove alívio da tensão, diminuição dos níveis de cortisol (hormônio do estresse), melhora do humor e do sono, redução do risco de doenças cardíacas, aumento da imunidade e liberação no corpo de uma poderosa onda de neurotransmissores do bem-estar — dopamina, serotonina, ocitocina e endorfina (este último é chamado de “hormônio do amor ”, por estimular a afetividade entre parceiros sexuais.
O sexo rápido também tem um bônus para a saúde mental, que é aumentar a autoconfiança e a autoestima. Todo mundo gosta de se sentir desejado, e saber que a(o) parceira(o) deseja você ali, naquele momento, dá ao seu ego um incentivo muito bem-vindo.
Porém é bom lembrar que cada pessoa tem sua marcha para se excitar e gozar e ambos os parceiros podem não cruzar a linha de chegada ao mesmo tempo – ou nem mesmo cruzar a linha de chegada. É normal que a excitação e o orgasmo não aconteçam na mesma sincronia para os dois. Considere que o processo do(a) parceiro(a) pode ser mais lento — ou mais rápido — que o seu.
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Um esquenta em relacionamentos mornos
Quando há sincronia entre os parceiros, pouco importa quanto tempo o sexo demora, porque se trata de qualidade, e não quantidade (pelo menos em termos de duração). Entretanto, quando o casal passa por um período em que não se conecta com a frequência costumeira, dar umas rapidinhas podem ser o que os dois precisam para preservar o vínculo.
Vamos ser honestos: sexo entre um casal de longa data costuma ser rotineiro (quando não repetitivo) e as rapidinhas podem dar uma esquentada nos relacionamentos que andam monótonos. Seja na mesa, na escada, no chuveiro, no carro, elas lembram o tipo de sexo feito no começo da convivência — urgente, intenso, apaixonado — e é bom recapturar a espontaneidade perdida no convívio diário.
Rapidinha não deve virar padrão de sexo
Ainda assim, você não deve tornar a rapidinha padrão de sexo com sua(seu) parceira(o). Sexo em um relacionamento deve ser bem mais do que algo apressado, e não se pode abrir mão de preliminares, beijos, carícias, palavras carinhosas (ou safadas).
Rapidinhas entre homens podem ser mais bem resolvidas, já que boa parte dos gays é receptiva a um “jogo rápido”. Apesar de sexo casual não ser exclusividade dos gays, eles são autoridade indiscutível em conexões espontâneas que acontecem a qualquer hora, em qualquer lugar, estejam ou não procurando por elas. São encontros rápidos, às vezes anônimos, onde nem se pergunta o nome do parceiro.
No entanto, uma mulher pode não chegar ao orgasmo em um tempo curto. Psicoterapeutas e sexólogos afirmam que as mulheres precisam de preliminares prolongadas e demoram para entrar no clima e ainda mais para atingir o orgasmo. Essa é uma das razões da má reputação das rapidinhas (pelo menos para elas).
Entretanto, muitas mulheres em relacionamentos longos confessam que se o sexo com os parceiros não durasse tanto, estariam dispostas a fazer com mais frequência. Há muitas que afirmam até se incomodar quando o tempo da penetração é muito demorado.
Embora sejamos grandes defensores das preliminares, qualquer mulher que tem o hábito de se masturbar provavelmente dirá que sozinha chega ao clímax em poucos minutos. Esse argumento é respaldado por estudos, que revelam que os homens levam em média 2 a 3 minutos para atingir o orgasmo na masturbação, e as mulheres apenas um pouco mais, cerca de 4 minutos.
O que as mulheres não querem é que o sexo pá-pum vire rotina. Alguns homens são tão focados no pênis que se contentam com a penetração rápida e só querem ejacular; se pudessem, viveriam da rapidinha.
Rapidinha não tem regras
Ter uma visão predeterminada da rapidinha tira metade de seus atrativos. Abra sua mente e curta ser ousado. Rapidinha não precisa de lugares confortáveis nem de cenários incríveis. Pode ser de pé na cozinha ou até em lugares públicos ou perigosos. O legal é justamente isso.
Rapidinha não precisa necessariamente envolver penetração, vaginal ou anal: pode ser apenas sexo oral ou manual. Talvez vocês nem precisem se tocar. Estão cansados, mas a fim de uma bomba de hormônios da felicidade? Masturbem-se juntos. Vão aproveitar a visão um do outro gozando sem nem ter que tomar banho!
Sinta-se à vontade para não tirar toda a roupa: há algo mais safado do que levantar uma saia, abaixar uma calça, puxar a calcinha ou a cueca para o lado? E se sua(seu) parceira(o) curte ouvir sacanagem, libere seus pensamentos sujos!
Não pense demais antes de uma rapidinha — apenas aproveite e divirta-se!
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