Bissexual: afinal, o que é essa forma de sexualidade?

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Entenda o que é a bissexualidade, que não se refere apenas a a paixão ou tesão por homens ou mulheres, mas ao desejo por qualquer uma das identidades de gênero.

Homem No Espelho - o que é ser bissexual

Por Wilson Weigl

Não existe teste ou exame que diga qual é nossa orientação sexual (embora pareça que isso facilitaria muito as coisas). Às vezes é até melhor não se envolver com rótulos, termos e categorias. Importante é a jornada pessoal da autodescoberta de nossas possíveis várias formas de amar, se relacionar e explorar o sexo.

Homem No Espelho - o que é ser bissexual

Atração não é “tudo ou nada” nem “meio a meio” e nesse “meio” entra a bissexualidade. Ela se refere só a desejo por homens ou mulheres? Não. O termo hoje é inclusivo e abrange a paixão ou tesão por todas as identidades de gênero: não binário, transgênero, transexual, pansexual, fluido, neutro e outros.

Homem No Espelho - o que é ser bissexual

Embora os conceitos de hetero e homossexualidade ajudem a entender os bissexuais, eles não são “metade gays” e “metade heteros”. Há muitas maneiras diferentes de ser bissexual e muitas formas de expressão da sensualidade. Além disso, a atração pode ser mais física ou mais emocional. Um homem pode ser atração romântica por vários gêneros, mas sexual só por homens ou mulheres.

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Pessoas bissexuais podem passar anos mantendo relacionamentos com pessoas do sexo oposto sem considerar que também podem gostar de pessoas do mesmo sexo.

Segundo pesquisas, há menos homens do que mulheres que se identificam como bissexuais. Seriam elas mais livres para assumir sua expressão sexual? Talvez, mas fato é que os homens bi são vítimas de preconceito e rótulo de “gays enrustidos”. Muitos ficam “invisíveis” e só expressam escondidos sua sexualidade, o que causa culpa e estresse psicológico.

Homem No Espelho - o que é ser bissexual

Estudos mostram que a sexualidade não é estática e pode mudar ao longo da vida. Para alguns, ela é fluida e mudar de tempos em tempos. Se alguém sempre se sentiu atraído por mulheres, não significa que agora não possa sentir atração por homens, ou vice-versa. Não quer dizer que se esteve confuso o tempo todo. Só se mudou de canal, até mesmo só temporariamente.

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Há quem nunca olhou seriamente para dentro de si mesmo e percebeu (ou assumiu ara si próprio) que sente desejo por mais de um gênero. E uma vez que se descobriu como bissexual, vai ser sempre bissexual? Não, se nessa fase está focado num só gênero.

O médico americano Alfred Kinsey, , um dos pioneiros das pesquisas sobre sexualidade, nos anos 1950 criou sua Escala de Kinsey de 0 a 6 para definir a sexualidade além da visão tradicional binária de hetero e homo. Num extremo, o zero identificaria comportamento ou atração exclusivamente heterossexual e, no outro extremo, o 6 identificaria a opção totalmente homossexual. Sua conclusão é que maioria das pessoas está em algum ponto intermediário entre 1 a 5, em vários graus de atração ou atividade sexual.

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Ninguém precisa se comparar ou ser validado por ninguém. Cada um precisa se conhecer, descobrir com o que se sente confortável ou não, reconhecer se tem algum tabu, preconceito ou medo, e esse é um processo individual. É importante se esforçar em saber quem é a pessoa única dentro de você.

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Sua experiência é única e válida. Pode se chamar de bi, fluido, transgênero, gay com tendências hetero, hetero com tendências gays, ter identidades múltiplas ou nenhuma identidade. Você (e somente você) determina sua identidade sexual. Contanto que não esteja machucando ninguém (inclusive a você mesmo), permita-se explorar a sua sexualidade, seja bi, tri ou mais.

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