Getting your Trinity Audio player ready...
|
Nenhum homem precisa esperar ter problemas de brochada para começar a cuidar da saúde sexual. Dê uma forcinha para o pênis funcionar bem.
Por Wilson Weigl
Fotos: Deposit Photos
Golpe para um homem não é levar um soco e ir a nocaute: é brochar. Vez ou outra acontece com todo mundo, por uma série de motivos. Evitar esse constrangimento fica mais fácil, porém, quando se dá uma forcinha para a ereção funcionar bem quando se precisa dela.
É consenso que saúde sexual está diretamente ligada ao estilo de vida. Os hábitos — bons ou maus — em relação a exercício físico, manutenção do peso, descanso e controle do estresse influenciam a capacidade de ter ou manter o pênis rígido e pronto para a ação.
Em princípio, a ereção depende do bom funcionamento orgânico, já que é um processo físico-químico resultado de uma complexa interação entre o cérebro e os sistemas nervoso, hormonal e vascular. Quando tudo funciona perfeitamente, o pênis responde bem à excitação sexual, recebe fluxo sanguíneo adequado para endurecer e permanecer duro.
Entretanto, peso acima do normal, cigarro, abuso de álcool, insônia, colesterol elevado e hipertensão são fatores conhecidos por comprometer o mecanismo. Que além dos problemas físicos também pode ser influenciado pela condição psicológica, como estresse, depressão e ansiedade.
Nenhum homem precisa esperar ter problemas de brochada para começar a cuidar mais e melhor da saúde sexual. Pode-se dar uma forcinha para o pênis funcionar bem seguindo as dicas abaixo.
Controle o nervosismo
Ser um cara quente na cama é bom. Mas no sexo é importante manter a frieza, aquela de manter a tranquilidade e não se deixar dominar pelo nervosismo. Em situações de tensão ocorre uma descarga de adrenalina que causa o estreitamento dos vasos sanguíneos, inclusive dos que fornecem sangue ao pênis, dificultando o fluxo necessário para a ereção.
Enquanto a adrenalina estiver circulando o pênis não fica 100% ereto. Não adianta ficar “batendo” uma na frente da(o) parceira(o), porque o problema não é falta de estímulo corporal. E à medida que se fica cada vez mais nervoso, o organismo despeja ainda mais adrenalina no sangue.
Então, calma aí. Brinque, beije, dê um tempo até o equilíbrio se restaurar no organismo. Se a dificuldade acontece só uma vez ou outra, relaxe e supere. Procure identificar a causa da insegurança ou ansiedade que influenciou a relação.
Evite o excesso de peso
Quanto maior a barriga, maior a chance de ter problemas mais embaixo. E não quando a gordura impede que se veja o pênis. Excesso de peso é uma das causas mais conhecidas da dificuldade de ereção, por predispor a condições como hipertensão e diabetes, que comprometem a irrigação sanguínea do pênis.
A gordura subcutânea (entre a pele e o músculo) acumulada no abdômen tende a se aprofundar e virar gordura visceral, em volta dos órgãos internos, aumentando ao risco de doenças. Um dos indicadores de alto índice de gordura visceral é o tamanho da circunferência abdominal, medida com fita métrica. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estabelece que a medida igual ou superior a 94 cm em homens já é perigosa.
A resolução do problema? Está na conhecida dobradinha: exercício físico + dieta. Não basta sair do sedentarismo e praticar atividade física esporadicamente: é preciso estabelecer uma rotina de exercícios e modificar os hábitos alimentares.
LEIA TAMBÉM
- Rapidinha: porque ela faz bem para o corpo e a cabeça
- Masturbação sem vergonha: como desfrutar ao máximo o prazer
- Sexo oral: como curtir (ainda mais) essa prática
- Como fazer o sexo demorar mais tempo
- 7 curiosidades sobre sexo e o corpo do homem
- Quantas vezes dá para fazer sexo em seguida?
Mexa o corpo e faça exercício
Se mexer mais não significa se movimentar mais nas posições sexuais. E sim praticar esporte ou atividade física: corrida, musculação, natação, boxe, tênis, qualquer coisa.
O exercício age em várias frentes. Queima gordura corporal, que tem ligação com a disfunção erétil, como explicado acima. Também ajuda a controlar a pressão arterial que, quando alta, prejudica o bombeamento do sangue que enche o pênis. Por fim, o exercício físico alivia o estresse, a ansiedade e a depressão, que também afetam o desempenho sexual, por liberar endorfinas, substâncias neurotransmissoras que dão sensação de bem-estar.
Atividade física só conta quando praticada pelo menos 3 vezes por semana. Os exercícios aeróbicos queimam gordura e a musculação aumenta o tamanho e o peso dos músculos, fazendo o corpo gastar mais calorias nas atividades cotidianas.
Maneire na birita
Um “esquenta” de um ou dois drinques ajuda a se soltar e prepara o terreno para uma boa transa, mas alguns copos a mais já começam a afetar o processo da ereção.
O efeito do álcool é relaxante e varia segundo número de doses, gradação alcoólica da bebida, massa corporal e grau de tolerância. Porém à medida que se bebe mais essa ação relaxante evolui para depressiva sobre o sistema nervoso, desacelerando os sinais enviados para os vasos sanguíneos e músculos do pênis que induzem a ereção. Por isso bêbados não conseguem chegar lá.
Abuso de álcool não apenas provoca broxadas episódicas como pode afetar o desempenho sexual em longo prazo, por comprometer a saúde de modo geral.
Largue o cigarro
Fumar detona a saúde em todas as frentes, mas há também uma relação direta do cigarro com a capacidade de ereção. Nicotina e outras substâncias nocivas entopem e endurecem as artérias, inibindo o fluxo do sangue para o pênis.
Segundo pesquisas, homens que fumam são 50% mais propensos à disfunção erétil do que os não fumantes. E entre fumantes que têm o problema, 25% apresentam melhora de ereção depois de largar o cigarro. Está correta aquela ilustração medonha do maço de cigarro: fumar broxa.
Durma mais e melhor
O sono é crucial para a regulação de hormônios, incluindo a testosterona, que tem papel fundamental na libido e na função erétil. Privação de sono pode levar à diminuição dos níveis de testosterona, resultando em fadiga, perda do desejo sexual e dificuldade de ereção. A fase REM do sono profundo é importante para as ereções noturnas involuntárias, necessárias para manter o mecanismo funcionando perfeitamente.
Sono de qualidade e em quantidade também contribui para o equilíbrio de neurotransmissores cerebrais como dopamina e serotonina, que influenciam positivamente o prazer e a excitação sexual por promover relaxamento e diminuição do estresse.
Cuidado com as drogas
Drogas recreativas ilícitas agem diretamente no sistema nervoso central e podem causar dificuldade de ereção, diminuição do desejo e alterações na resposta sexual. Os efeitos variam de acordo com o tipo de substância, mas a perturbação dos sistemas nervoso e cardiovascular, principalmente da circulação sanguínea, quase sempre impactam o processo de endurecimento do pênis.
Até mesmo a maconha, que para muitos aumenta o tesão, pode derrubar a libido quando usada em excesso. O efeito de poppers, cocaína e drogas sintéticas varia de pessoa para pessoa, mas em princípio sua ação é quase sempre danosa. A cocaína, especificamente, é conhecida por contrair os vasos sanguíneos, diminuindo o fluxo de sangue para os genitais e prejudicando a ereção. Por isso pense duas vezes antes de entrar em “estado alterado” antes de uma transa.
Seja o primeiro a comentar