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Insistir em procurar alguém que se enquadra naquele seu mesmo “tipo” idealizado do parceiro perfeito é certeza de fracasso. Abra sua cabeça para conhecer gente diferente!
Por Wilson Weigl
Todos nós temos uma queda por um “tipo” de pessoa. Alguém com características que se enquadram em nossas expectativas idealizadas do(a) parceiro(a) perfeito. Alguém bonito(a) (ou nem tanto), magro(a), gordinho(a), atlético, intelectual, esportista, nerd, bem humorado(a)… Quando se busca alguém em um aplicativo de relacionamento, é fundamental saber o que queremos. O problema é insistir em procurar infinitamente o mesmo tipo de pessoa, que se encaixa dentro de um molde. Está claro que nunca dá futuro.
Uma pesquisa do aplicativo de relacionamentos Inner Circle revelou que 3 em cada 4 pessoas (72%) admitem ter um “tipo” e procurar apenas quem se enquadra nesse perfil. A pesquisa descobriu também que só 1 em cada 5 solteiros que saem com seus “tipos” têm encontros que evoluem para algo interessante. Apesar de ter alguns bons encontros, ninguém os surpreende e eles não têm certeza do porquê não dá certo.
Menos de um quarto (24%) dos pesquisados sairia com alguém que não se encaixa em seu “tipo”. Ficam presos nesse padrão por não querer se relacionar com um tipo diferente (60%), por achar que é uma opção segura (18%) ou até por hábito (14%).
O aplicativo criou o termo groundhogging para nomear o ciclo repetitivo que atinge quem sai sempre com os mesmos tipos, se frustra e, mesmo assim, repete a mesma busca, de novo e de novo, esperando resultados diferentes. Quando solteiro novamente, volta ao aplicativo, mas em vez de procurar alguém diferente, dá match com quem se encaixa no mesmo perfil anterior, retomando o ciclo de groundhogging.
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O nome foi inspirado no filme dos anos 1980 Feitiço do Tempo (Groundhog Day, no original), em que o personagem fica preso no tempo e revive o mesmo dia sucessivamente, fazendo as mesmas coisas. Até descobrir que, para sair do loop temporal, precisa mudar de atitudes.
Estabelecer um terreno comum é uma ótima base para engajar qualquer novo relacionamento. O problema é achar que a pessoa certa para nós deve se encaixar num modelo. A pesquisa do Inner Circle, feita com 1.000 pessoas em janeiro de 2022, alerta que sair com gente diferente pode ser muito mais interessante do que ficar preso nesse ciclo infinito.
Ao procurar um match, as pessoas antes mesmo de começar acreditam saber exatamente o que querem e levam as exigências ao extremo. Além de características físicas que já eliminam metade da população do planeta — por exemplo, querer homens com mais de 1,80m de altura (buscados por 43% das pessoas), com olhos de uma cor específica (12%) —, as pessoas filtram os matches pela maneira como se vestem, profissão, bebida preferida, esporte, gosto musical e por aí vai.
“A maioria das pessoas relata que seus melhores encontros foram com alguém com quem normalmente não sairiam e que as surpreendeu”, diz Charly Lester, especialista em relacionamentos do Inner Circle. “Filtrar pessoas pela altura, cor de cabelo ou preferência de comida ou esporte não contribui para uma conversa mais interessante ou uma conexão mais forte. Os solteiros precisam descartar essa maneira de pensar e parar de praticar groundhogging”.
Claro que ninguém quer perder tempo tentando conhecer todas as pessoas com quem interagimos, ou sair quem já conhecemos e não combinamos. Mas se nossas buscas não estão funcionando, é hora de olhar para dentro e perceber se não estamos sabotando nossas chances de conhecer pessoas incríveis.
A boa notícia é que a pesquisa revelou que as pessoas querem fazer mudanças. Embora a maioria admita ter um “tipo” definido, 70% afirmaram estar abertas a conhecer pessoas que não se encaixam em seus padrões.
Por que você não experimenta?
Abra sua cabeça antes de começar. Que tal relaxar um pouquinho nas exigências? Desligue aquela voz crítica interior que só busca o que já é conhecido e familiar. Existem qualidades em um parceiro(a) que realmente importam, como afeto, afinidade e cumplicidade, e outras que não significam nada num relacionamento, como ter ou não ter tatuagens ou gostar de comida japonesa ou hambúrguer. Relaxe nos filtros.
Mude sua abordagem. O ciclo vicioso do groundhogging não diz somente sobre com quem você sai num date, mas também como você lida com um date. A dica é chegar no rolê e estar, de fato, aberto a conhecer a outra pessoa. Você pode se surpreender.
Mas atenção. Sair com outros “tipos” não significa rebaixar suas expectativas em relação ao outro. Não aceite menos do que você merece, ok? 😉
Entre gêneros diferentes ou não, o sucesso de um relacionamento ou transa ocorre em paquera ou atração reciproca! Quando a atração é unilateral, ela é percebida por quem despertou a atração e geralmente usada como “um trunfo”, algo como “estou no controle”, a exemplo, do meu ex dentista que pensou por ele ser bem atraente eu deixaria de perceber a queda da qualidade dos serviços dele!