Sol, o grande envelhecedor e destruidor da pele

Cada vez mais estudos apontam a ação destrutiva na pele dos vários tipos de radiação solar, causando envelhecimento precoce. A saída? Nunca abrir mão do filtro solar.

Por Wilson Weigl

O sol é considerado hoje o maior inimigo da pele. Envelhecimento precoce, rugas, manchas, poros dilatados, ressecamento, flacidez e câncer são os efeitos danosos que os vários tipos de radiação — UVA, UVB, infravermelha, luz visível — provocam na pele, em um processo contínuo que se desenrola silenciosamente.

Passar filtro solar, no rosto e no corpo, é a primeira e principal recomendação dos médicos para os cuidados com a pele. “O uso do protetor solar não é mais considerado apenas preventivo de queimaduras, mas dos danos profundos que a radiação provoca na pele”, alerta o dermatologista André Braz, do Rio de Janeiro, referência nacional e internacional em dermatologia, autor do livro “Atlas de Anatomia e Preenchimento Global da Face”.

“O processo de fotoenvelhecimento causado pelo sol é mais rápido e agressivo que o envelhecimento cronológico, causado pelo tempo”, diz o dermatologista.

Segundo o médico, antigamente os filtros defendiam a pele principalmente dos raios UVB, que agem nas camadas superficiais da pele, causando vermelhidão e queimaduras, com nível de proteção assinalada pela sigla FPS.

Sabe-se hoje, porém, que os raios UVA são ainda mais perigosos por penetrar profundamente na pele, atingindo a derme, onde destroem as fibras de colágeno e elastina (proteínas que dão sustentação à pele e a mantém firme e lisa) e causam inflamação crônica, chegando a alterar o DNA celular.

O pior é que os efeitos do sol na pele são cumulativos, ou seja, a soma de todo o sol que se tomou desde a infância. E como os estragos causados geralmente só são percebidos muitos anos depois, é importante começar a usar o quanto antes o protetor solar.

A radiação UVB é mais abundante entre as 10h e 16h, mas a UVA afeta a pele o dia inteiro, o ano todo, atravessa nuvens e vidros e é pouco percebida por ser indolor. Daí a recomendação dos dermatologistas de usar protetor solar até em dias nublados e ao dirigir.

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A exposição ao sol também provoca manchas, por estimular a produção de melanina, pigmento responsável pela cor da pele, que causa o bronzeamento. As peles negra e morena têm mais propensão a desenvolver manchas do que a clara, por causa da maior concentração de melanina.

Além das luzes invisíveis UVA e UVB, o sol emite outros tipos de luz: a luz visível, que permite enxergar os objetos e a infravermelha, que se sente na forma de calor — ambas também têm ação envelhecedora. Há também uma terceira radiação ultravioleta, UVC, que é bloqueada pela camada de ozônio da Terra e não chega até nós.

Hoje um bom filtro solar precisa defender a pele também da radiação UVA — com nível expresso pela sigla PPD (Persistant Pigment Darkening), em geral um terço do FPS — e até contra a luz infravermelha. São os chamados filtros de amplo espectro.

Os melhores protetores solares também contêm ativos antioxidantes neutralizadores dos radicais livres, que também aceleram o envelhecimento precoce. Radicais livres são moléculas nocivas que se formam naturalmente no organismo, como resultado do metabolismo, mas cuja produção aumenta por influência de excessiva exposição ao sol, estresse, poluição, maus hábitos alimentares, cigarro e excesso de bebidas alcoólicas. “Vale a pena checar se o filtro solar oferece essa ação de defesa contra os radicais livres”, diz André Braz.

Confira os passos importantes de proteção solar para a rotina diária, segundo André Braz.

Use protetor solar com FPS 30, no mínimo

Escolha Fator de Proteção Solar (FPS) 30, ou mais alto, pois abaixo disso não é recomendado. Quanto mais forte o sol e mais longo o tempo de exposição, mais alto deve ser o FPS (50, 70 ou 90). Um FPS acima de 50 também deve ser usado na praia, na piscina ou em esportes ao ar livre. Deve-se também reaplicar o filtro a cada 2 horas ou depois de entrar na água ou suar muito.

Escolha um filtro de amplo espectro

O protetor é considerado de amplo espectro quando protege a pele dos raios UVA, UVB, infravermelhos e da luz visível. Os bons protetores de amplo espectro costumam também ter ativos antioxidantes, que ajudam a diminuir a ação dos radicais livres. Cheque no rótulo as características do produto.

Opte por filtros solares leves

O ideal é optar por filtros com textura leve e aquosa, como gel ou sérum, que são mais fáceis de espalhar e não deixam a cara melada. Quem tem pele oleosa deve evitar filtros cremosos e grossos, que entopem os poros e aumentam a oleosidade.

Use chapéu e fique embaixo do guarda-sol

Além do filtro, deve-se adotar outras barreiras para o sol, na piscina, praia ou em atividades ao ar livre. O médico recomenda uso de boné, chapéu, roupas esportivas com proteção UV e óculos escuros. Na praia, o ideal é ficar sob o guarda-sol o quanto for possível e, mesmo assim, não abrir mão do protetor solar. A radiação reflete na areia da praia em todas as direções e o calor intenso também queima a pele.

Use creme ou sérum antioxidante

Existem cremes diurnos e noturnos e protetores solares com ativos que diminuem o estresse oxidativo da pele causado pelo sol e outros fatores ambientais que aumentam a produção de radicais livres no organismo. Geralmente a ação antioxidante está descrita no rótulo do cosmético, mas o ideal é consultar um dermatologista, caso você possa, para que ele indique um produto ou prescreva uma fórmula que contenha as substâncias adequadas à sua idade e tipo de pele.

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Protetor solar facial Heliocare Max Defense FPS 50

O protetor solar com FPS 50 e ação antioxidante previne a formação de manchas, protege contra os danos da radiação UVA, UVB, luz visível e infravermelha. Para pesquisar o melhor preço e comprar na Amazon, clique aqui.

Filtro solar facial Isdin Fusion Water FPS 50

Homem No Espelho - Como prevenir e diminuir manchas de pele

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