Foliculite na barba: como prevenir e tratar

As bolinhas vermelhas que inflamam, coçam e doem aporrinham a vida dos homens e são um dos problemas de pele masculinos mais comuns. Veja como evitar essa chatice.

Homem No Espelho - Foliculite na barba como prevenir e tratar

Por Wilson Weigl

A foliculite é velha conhecida dos homens que têm o costume de raspar ou remover os pelos do rosto ou do corpo em suas rotinas de cuidados pessoais. As bolinhas vermelhas, que inflamam, doem e coçam, são causadas não apenas pelo barbear, mas também pela depilação com lâmina. Rosto e pescoço são as áreas mais afetadas, mas a chatice pode aparecer em qualquer lugar em que haja pelos (peito, virilha, bunda).

O problema se manifesta de duas maneiras. “A pseudofoliculite, nome científico do pelo encravado, ocorre quando o pelo é raspado muito rente à superfície e a ponta cortada retorna ao interior da pele, o que gera um trauma quando o fio cresce, podendo inflamar”. Já a foliculite quase sempre é a consequência da pseudofoliculite contaminada por uma bactéria da espécie estafilococos”, explica a dermatologista Judith Cavalcante, consultora da Philips.

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Genética e raça são fatores que contribuem para o aparecimento da foliculite. Além de haver uma predisposição hereditária, a curvatura do pelo ao crescer influencia o problema. Por isso é que a foliculite afeta mais de 80% dos homens negros: os pelos encaracolados nascem do folículo piloso fazendo uma curva e encravam com mais facilidade.

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“A foliculite pode piorar com o barbear traumático, que ocorre quando a lâmina é passada na pele repetidas vezes ou quando lâminas descartáveis já ‘cegas’ são reutilizadas, causando pequenos cortes e predispondo à infecção por micro-organismos”, diz a médica.

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A parte boa é que com alguns cuidados é possível controlar e prevenir o problema, segundo a especialista.

Confira o passo-a-passo dos cuidados para uma rotina de barbear perfeito e saudável para a pele, segundo a dermatologista Judith Cavalcante.

• Antes de remover os pelos, lave a região da barba com sabonete específico para seu tipo de pele e água morna. O calor amolece a pele e os pelos, enquanto o sabonete faz uma boa higienização, eliminando bactérias.

• Use espuma ou gel de barbear suaves para amenizar o atrito da lâmina. Nunca faça a barba a seco ou só com água.

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• Evite o barbear rente, com lâminas descartáveis ou navalhas (no barbeiro), se você tem tendência a pseudofoliculite.

• Estique a pele com a mão livre para apoiar bem o aparelho, evitar cortes e melhorar o resultado do barbear.

• Raspe sempre no sentido do crescimento do pelo. Escanhoar (raspar o pelo no sentido contrário) favorece o encravamento. Não passe a lâmina mais de duas vezes na mesma área.

• Troque com frequência o cartucho das lâminas. Não estique sua vida útil ao máximo: é uma economia besta. Basta ver se a cor da fita lubrificante para avaliar a hora da troca.

• Opte por barbeadores elétricos que cortam o pelo a certa distância da pele, evitando o corte e a inflamação das bolinhas dos pelos encravados.

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• Após barbear, aplique pós-barba suave, água termal ou hidratante para acalmar a pele e acelerar a cicatrização. O pós-barba não deve conter álcool ou substâncias irritantes.

• Esfolie a região da barba 1 vez por semana, de preferência quando os pelos estão saindo da pele. O esfoliante contêm partículas que fazem uma leve abrasão na pele e retiram a camada superficial de células mortas e impurezas acumuladas que obstruem a saída natural dos pelos.

• Não cutuque ou esprema as lesões, pois isso atrasa a recuperação da inflamação e pode gerar nova infecção.

• Não volte a barbear a área irritada até que a pele esteja totalmente recuperada. Existem géis de barbear transparentes, que permitem visualizar o lugar por onde a lâmina vai passar, permitindo que você drible as áreas inflamadas.

• Não use medicamentos (como anti-inflamatórios e antibióticos) sem orientação médica.

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