Radicais livres: as moléculas que atacam sua pele

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Os radicais livres são moléculas que causam deterioração das células e na pele provocam envelhecimento precoce, rugas, manchas e câncer. Veja como se defender desse ataque.

Homem No Espelho - Como se defender dos radicais livres

Por Wilson Weigl

Radicais livres: parece nome de organização terrorista. É quase isso. Os radicais livres espalham mesmo o terror no corpo, deflagrando inúmeros problemas de saúde, por atacar células saudáveis. Na pele, provocam envelhecimento precoce, surgimento de rugas, manchas e até câncer. Por isso, é preciso combater esse ataque.

O que são radicais livres?

São moléculas que se formam naturalmente no organismo, como resultado de seus processos metabólicos, deflagrados pela entrada de oxigênio nas células. O perigo começa quando a produção dessas moléculas nocivas se acelera por influência da excessiva exposição ao sol, do estresse, da poluição, dos maus hábitos alimentares, do cigarro e excesso de consumo de bebidas alcoólicas.

Essas moléculas são chamadas de “livres” porque são instáveis e apresentam um elétron negativo, que procura se associar a um positivo e, nessa busca, ataca as células saudáveis, provocando uma reação oxidante que danifica seu DNA. Esse processo é chamado de estresse oxidativo.

Um dos resultados desse excesso de oxidação é a inflamação. O envelhecimento da pele e do organismo todo está ligado a esse processo inflamatório que ocorre diariamente de forma silenciosa no corpo.

Homem No Espelho - Danos dos radicais livres na pele

O corpo, em sua sabedoria, consegue reparar sozinho 99% dos danos causados pela oxidação. Mas quanto maior a exposição aos fatores agravantes da produção dos radicais livres, maior o risco de ocorrerem reações químicas que provocam o estresse oxidativo.

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Cosméticos com ação antoxidante

Para combater essas moléculas danosas, é preciso usar cosméticos que ajudam a neutralizar sua ação. Existem vários cremes diurnos e noturnos com ativos chamados de “antioxidantes”, que diminuem o estresse oxidativo da pele. Geralmente essa ação já está descrita no rótulo, mas o ideal é consultar um dermatologista, caso você possa, para que ele prescreva a fórmula ideal para você, contendo as substâncias adequadas à sua idade e tipo de pele.

Entre os antioxidantes mais usados estão a vitamina C, coenzima Q10, ácido ferúlico, niacinamida (vitamina B3), betacaroteno, resveratrol (extraído da uva), chá verde e romã, só para citar alguns. Nas fórmulas dos cosméticos, eles ajudam a neutralizar as reações causadas pelos raios solares UVA, UVB, infravermelhos e luz visível até as camadas mais profundas da pele.

Filtro solar, a maior defesa da pele

O cuidado mais importante para proteger a pele dos radicais livres é usar filtro solar no rosto diariamente. Aplique protetor solar com FPS 30, no mínimo, todos os dias antes de sair de casa. Se for à praia, correr ou praticar esporte ao ar livre, opte pelo filtro com FPS mais alto: 50, por exemplo. O protetor solar específico para esporte resiste melhor ao suor e à água e não escorre no rosto.

A importância da dieta saudável 

A alimentação saudável ajuda o corpo a se defender do ataque dos radicais. Frutas, verduras e legumes contêm fitonutrientes, como vitaminas, minerais e outras substâncias que protegem as células da ação dos radicais livres. No caso da pele, são especialmente recomendados os vegetais de cor alaranjada (cenoura, laranja e abóbora, por exemplo), que contêm betacaroteno; as frutas vermelhas (morango, amora, framboesa, cranberry), a uva, o açaí e as sementes oleaginosas, como nozes, avelãs, amêndoas e castanhas-do-pará.

Menos fumaça e álcool

Quem quer mesmo proteger a pele do envelhecimento também precisa maneirar nas bebidas alcoólicas, nas drogas e abandonar o cigarro. Fumar, como se sabe, acelera a produção de radicais livres que causam doenças em todos os órgãos do corpo.

E as más notícias não param. A Harvard Medical School, centro de pesquisas da universidade americana, alerta que fumar na praia ou no sol é duplamente prejudicial. O fumo é fototóxico, ou seja, torna-se ainda mais nocivo na presença de luz ultravioleta. Quando juntas, fumaça e radiação solar causam mais danos às células da pele do que sozinhas.