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Verão é temporada de curtição, mas também de queimadura de sol, intoxicação alimentar, desidratação, micose e doenças sexuais. Veja como desfrutar praia, piscina e sexo bem protegido.
Por Wilson Weigl
Fotos: Deposit Photos
Verão no Brasil é sinônimo de praia (ou piscina), relax, curtição e zoeira. Mas também é temporada de risco. Não só de chuva, bebedeira, ressaca e pé na jaca, mas de perrengues mais sérios, que podem embaçar ou até comprometer de vez seu desfrute, colocando você fora de campo.
Confira os riscos a que a gente se expõe tanto embaixo quanto fora do sol durante o verão e podem estragar a curtição. Descubra como estar sempre bem protegido dos seus inimigos que espreitam na areia, na piscina e até na cama.
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Queimadura de sol
Se o problema fosse só vermelhidão e ardor no corpo, até que não seria motivo de alarme. Porém a radiação solar não só causa queimaduras como também danifica profundamente a pele, causando rugas, manchas, envelhecimento precoce e câncer. Basta se queimar feio uma vez apenas e seu DNA celular já vai estar alterado, predispondo ao câncer no futuro.
Faça chuva ou faça sol, deve-se passar protetor solar em todas as áreas do corpo expostas quando for à praia, caminhar, correr, pedalar ou fazer esporte ao ar livre. Até em dias nublados ou de mormaço, porque as nuvens bloqueiam a luminosidade, mas deixam passar os perigosos raios ultravioleta.
Como se proteger
Passe no rosto filtro solar com FPS alto (no mínimo 30, mas preferivelmente acima de 50). Reaplique toda vez que lavar o rosto, mesmo que seja só com água.
Na corrida, caminhada ou pedalada, use protetor com no mínimo FPS 30 em todas as partes do corpo que ficam expostas. Na praia e na piscina, a ordem é aplicar no rosto e no corpo o tempo todo. Dificilmente o produto à prova d’água realmente resiste a mergulhos frequentes ou demorados. Os dermatologistas recomendam reaplicar o filtro a cada 2 horas ou depois dos banhos longos.
Desidratação
Ocorre quando seu corpo recebe menos líquido do que perde. Suor e urina eliminam também sais minerais, que precisam ser repostos. Os sinais da desidratação são sede constante, boca seca, olhos ressecados, pouca urina. Mesmo que a falta d’água no seu corpo não seja tão grave a ponto de levá-lo ao pronto-socorro, líquido de menos prejudica também sua aparência: pele desidratada fica ressecada, opaca, sem viço.
Como se proteger
Botar líquido pra dentro. Tem que beber água o dia inteiro, mesmo sem estar sedento (sentir sede já é sinal de organismo desidratado). Valem também água de coco, bebidas isotônicas, sucos de frutas. Devido à transpiração excessiva é importante também beber água entre as refeições, em pequenos volumes, o tempo todo. Deixe uma garrafinha por perto para facilitar”.
Intoxicação alimentar
Quem já não passou por um piriri danado por causa de comida ou água contaminada? Nem é preciso lembrar quais são os sintomas: dor abdominal, febre, náusea, vômitos, diarreia, dor de cabeça e sensação de cansaço. As bactérias estão por toda parte, mas vivem felizes na comida das barraquinhas de praia. Camarão, ostras e mariscos são lugares onde eles gostam de se alojar.
Como se proteger
As barracas de praia (que nem água corrente tem) não costumam ser exemplos de higiene. Fique atento ao manuseio, preparo e conservação dos petiscos. Preste atenção se alimentos como como queijos, embutidos e frutos-do-mar estão refrigerados. Cuidado também com a procedência do gelo que colocam na caipirinha.
Micoses
Ficar com o corpo suado, com a sunga ou a bermuda molhada e andar descalço fazem a festa de micro-organismos que moram na areia da praia e na água empoçada da piscina. Você logo sente irritação, coceira e vermelhidão nas áreas afetadas, principalmente na virilha e nos pés.
Como se proteger
Cuidado onde você se joga. Evite sentar ou deitar na areia sem toalha ou canga e forre a cadeira de praia alugada na barraca (pense quanta gente encostou nela antes de você). Use chinelo para caminhar na praia ou no clube. Depois do banho, seque bem os vãos entre os dedos dos pés. Se a coceira se instalar, procure um dermatologista: micoses podem ser confundidas com outras doenças de pele e se automedicar não é uma boa ideia.
Insolação
A exposição exagerada ao sol também pode provocar a elevação excessiva da temperatura corporal. O superaquecimento piora pela falta de hidratação e dificuldade do corpo se resfriar apenas por meio do suor. Os avisos do corpo de que o problema está se instalando são vermelhidão da pele, dor de cabeça, náuseas e tontura. A insolação pode ocorrer não apenas na paia mas também quando se toma muito sol na cabeça.
Como se proteger
As dicas da Sociedade Brasileira de Dermatologia são fugir do sol bravo e sempre passar protetor solar com FPS 30, no mínimo. Não basta uma vez: é preciso reaplicar a cada 2 horas, pois o produto sai com água e suor. Use boné ou chapéu e beba muita água e sucos naturais. Cerveja, caipirinha e outras bebidas alcoolicas não valem: o álcool tem ação diurética (por isso sente-se tanta vontade de urinar) e contribui para a perda de líquidos.
Brotoejas
As bolinhas vermelhas ou da cor da pele (chamadas miliárias) são um tipo de dermatite inflamatória com erupções da pele causadas pela obstrução das glândulas sudoríparas, que impede a saída do suor. Os sintomas são vermelhidão, irritação e coceira, geralmente no tronco, pescoço, costas, axilas e dobras da pele.
Como se proteger
Só vista roupas leves (cuidado com as fantasias pesadonas), tome banho com mais frequência, evite lugares muito abafados e úmidos (difícil no Carnaval, né?) e, sempre que puder, ligue o ar-condicionado.
ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis)
Sexo sem proteção é sempre arriscado. E “deixar rolar” na hora H é um erro. A gente pensa no vírus HIV, da Aids, que hoje representa menor perigo por causa da PreP (profilaxia pré-exposição), mas se arrisca a contrair herpes, sífilis, gonorreia, clamídia, HPV e hepatite tipo C. Essas doenças podem ser transmitidas por meio do sexo oral, vaginal ou anal sem uso de camisinha.
Como se proteger
O uso do preservativo continua sendo a forma mais eficaz (ou mesmo a única) de se defender das ISTs. Se você pensar direito, não há nenhum argumento razoável para alguém não usar camisinha. No Carnaval, elas são distribuídos gratuitamente em vários locais, incluindo postos de saúde.
Otite
Infelizmente a água das nossas praias está infectada de bactérias que gostam de se instalar em um meio quente, escuro e úmido como o ouvido. A cera torna o cenário ainda mais propício para o surgimento de infecções. Os sintomas são dor e coceira.
Como se proteger
Depois do mergulho no mar ou na piscina, enxugue bem os ouvidos com a toalha. Evite se banhar em praias classificadas como impróprias: suas águas concentram enormes quantidades de coliformes fecais e outras bactérias medonhas.
Conjuntivite
A inflamação da conjuntiva (membrana que reveste o globo ocular e a parte interna das pálpebras) é causada por bactérias que vivem em piscinas não tratadas e praias impróprias para banho. Os sintomas são dor, ardência, vermelhidão, lacrimação excessiva, sensibilidade à luz e sensação de areia nos olhos.
Como se proteger
Nesse caso não há muito o que se possa fazer para evitar a contaminação dos olhos, mas lembre-se que a doença é de fácil contágio (pelas mãos e toalhas, por exemplo). O tratamento usa pomadas, colírios e antibióticos.
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