Perda de cabelo é mesmo um problema planetário, no caso dos homens. Mais cedo ou mais tarde sempre acontece. Mas é preciso ficar atento quando o problema se manifesta, porque muitas vezes não é difícil reverter a queda com tratamentos, desde que identificada a causa.
Para 60% por cento dos homens, os folículos onde nascem os fios no couro cabeludo começam a atrofiar por volta dos 35 anos de idade, deixando o cabelo mais fino e ralo. Aos 50 anos, 85% da população masculina apresenta o problema.
Ao longo da vida, os fios de cabelos nascem, crescem, caem e vão sendo substituídos por outros novos em folha. Mas para quem tem propensão à queda, o processo cedo começa a falhar – em muitos casos já aos 15 anos. A causa mais comum da calvície masculina é a genética, herdada de pais e avôs, mas existam outras causas, facilmente descobertas e tratadas com ótimos resultados.
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Conheça as principais causas da queda de cabelo, explicadas pelo dermatologista e tricologista Luciano Barsanti, presidente da Sociedade Brasileira de Tricologia e autor do livro Dr. Cabelo – Estética, Recuperação Capilar e Prevenção da Calvície.
Causa número 1: hereditariedade
A primeira hipótese a ser investigada é sua árvore genealógica. A forma de calvície mais comum, a alopecia androgenética, tem fundo hereditário. Os genes são herdados tanto do lado paterno quanto materno e o problema pode pular gerações. Ou seja, apesar de seu pai ser cabeludo, você pode ter herdado a predisposição à calvície de seu bisavô ou tataravô. Ou mesmo da família de sua mãe!
A produção deficiente de fios está ligada ao hormônio masculino, a testosterona. “A enzima 5-alfa-redutase age no couro cabeludo convertendo a testosterona na substância dihidrotestosterona (DHT), que atrofia os folículos capilares e enfraquece os fios,”, explica Luciano Barsanti.
Causa número 2: problemas no couro cabeludo
Inflamações e fungos no couro cabeludo e disfunções nos bulbos capilares podem levar à produção deficiente dos fios e à queda. A má circulação sanguínea nos vasos que irrigam as raízes, por exemplo, provoca enfraquecimento e queda precoce. Oleosidade em excesso também deixa o cabelo mais fraco e suscetível à ação da poluição e agentes externos que podem causar a proliferação de fungos que contribuem para a queda. Caspa e seborreia obstruem os folículos capilares, comprometendo o ciclo normal de produção dos fios
A melhor forma de detectar se não é apenas um problema temporário que provoca a queda do cabelo é consultar um dermatologista. O check-up capilar, exame minucioso do couro cabeludo, permite ao especialista recomendar o tratamento correto para cada caso. São utilizados recursos como aplicação de laser, medicamentos como minoxidil e o o drug delivery, microinjeções de fatores de crescimento, como vitaminas, que diminuem queda e perda de densidade e melhoram a ancoragem dos fios de cabelo no couro cabeludo.
Causa número 3: estresse físico ou emocional
O número de casos de queda de cabelo com causas psicológicas aumentou muito na pandemia. Além do estresse, também fadiga, depressão e ansiedade contribuem para o problema pois enfraquecem o sistema imunológico, com ação direta sobre os folículos capilares. Estresse é uma das causas mais comuns da alopecia areata, doença inflamatória autoimune que provoca a queda de cabelo temporária e se manifesta principalmente em épocas de sobrecarga física ou emocional.
Segundo o médico, 10% dos casos de queda de cabelo têm fundo psicológico e emocional: além dos fatores estressantes, também influenciam fadiga, depressão e ansiedade. Os efeitos podem se manifestar rapidamente ou demorar meses para aparecer. “Estudos mostram que traumas como divórcio, perda de emprego, morte em família, assalto ou sequestro podem causar queda de cabelos até 18 meses depois”, diz Barsanti.
Causa número 4: alimentação deficiente
Comer bem não é garantia de ter uma vasta cabeleira, mas, ao contrário, os maus hábitos alimentares podem comprometer a produção saudável dos fios. Nutrientes como ferro, zinco e vitaminas A e B12 contribuem para o crescimento e a força do cabelo. Adote uma alimentação rica e variada, com muitos vegetais, cereais integrais e carnes magras (ricas em ferro).
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