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Quem está fazendo exercício em casa, em quarentena, precisa passar protetor solar, em qualquer horário. Mesmo se fica pouco tempo ao ar livre.
Por Wilson Weigl
Por causa da pandemia, muitos homens descobriram formas de se exercitar dentro ou fora de casa, na varanda, no quintal ou na cobertura do prédio. O problema é que nem todo mundo está se preocupando em passar protetor solar, achando que ele é desnecessário quando se fica pouco tempo ao ar livre ou embaixo do sol. Mancada!
O sol é perigoso o ano todo, em qualquer lugar e horário, e não provoca apenas queimaduras mas também envelhecimento precoce e câncer de pele (o mais comum no Brasil e muitas vezes mortal). Passar protetor solar é a única maneira de proteger a pele o máximo possível da radiação.
Mesmo que a gente permaneça sob o sol na varanda ou no quintal bem menos tempo do que ficaria na praia ou no parque, os raios solares agem silenciosamente danificando a pele em nível profundo. O pior é que os danos são cumulativos, ou seja, é a soma de todo o sol que você tomou desde criança. Os efeitos nocivos aos poucos danificam o DNA celular e diminuem a imunidade.
Muita gente só acredita nos danos solares quando eles são visíveis, como queimadura ou vermelhidão na pele. Mas o fato é que apenas os raios ultravioleta B deixam a pele vermelha. A ação dos raios UVA passa despercebida. Eles são os principais responsáveis pelo envelhecimento precoce (manchas e rugas) e pelo câncer, atingindo as camadas profundas da pele. A radiação UVB e é mais forte entre as 10 da manhã e as 4 da tarde, mas a UVA dura o dia todo, e é altíssima mesmo com tempo nublado, porque atravessa nuvens.
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Também é perigosa a luz visível (a parte dos raios solares captada pelos olhos e que permite enxergar os objetos): ela também atravessa nuvens e vidros e pode causar envelhecimento precoce e câncer de pele.
Todos os tipos de radiação (UVA, UVB e visível) produzem radicais livres (moléculas nocivas que oxidam e danificam as células do corpo e diminuem a imunidade). Os estragos dos radicais livres também vão se acumulando no nosso DNA celular.
É imprescindível usar filtro solar em qualquer situação ao ar livre, em qualquer época do ano. O protetor deve ter FPS 30, no mínimo, e 1/3 desse valor de PPD, a fim de que defenda a pele tanto contra a radiação UVB quanto a UVA, respectivamente.
Vai suar muito no exercício? Nesse caso, o filtro também deve ser à prova d’água, pois os protetores convencionais perdem sua eficácia rapidamente em contato com suor abundante.
Deve-se aplicar o produto pelo menos 15 minutos antes da atividade física ao ar livre, pois o produto necessita desse tempo para começar a agir.
E nada de economizar protetor solar. Tem caras que passam só “um pouquinho” de filtro e acham que tudo bem. A gente tem que usar o filtro com generosidade, porque de outra forma ele não atinge o nível de proteção indicado no rótulo.
A regra para garantir sua máxima eficácia é a da colher de chá. Deve-se aplicar uma colher de chá no rosto, uma colher de chá na parte anterior e outra na parte posterior dos braços e, nas demais áreas corporais, duas colheres de chá por região.
Outro cuidado que os adeptos do esporte ao ar livre precisam adotar é não abrir mão do óculos de sol com proteção UV (para saber os danos que a radiação provoca nos olhos, como catarata, leia o post aqui). E nem precisa falar que boné é acessório indispensável para proteger o rosto.
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