5 problemas de pele do homem (e como tratar)

Getting your Trinity Audio player ready...

Pelo encravado que vira foliculite, espinhas nas costas e na bunda, micose de virilha e vários tipos de coceira e alergia são problemas comuns da pele masculina.

Por Wilson Weigl 

Homem que não tem nenhum problema da pele do corpo pode se considerar um cara de sorte! Porque grande parte dos homens padece de algum tipo de perrengue da pele, em maior ou menor grau. Pelo encravado que inflama e vira foliculite, espinhas nas costas, na bunda ou  o peito, coceira e vermelhidão causada por alergia a metal, roupas de lã ou produtos de limpeza e por aí vai.

Alguns desses problemas são duros na queda e só o dermatologista consegue dar cabo deles, geralmente com medicamentos como pomadas. Mas em muitos casos a solução é bem mais fácil do que parece e bastam apenas alguns cuidados para se livrar desses perrengues. Veja as táticas para ganhar essas brigas.

LEIA TAMBÉM

• Como escolher o melhor filtro solar para sua pele
• O guia completo do creme facial para homens
• O guia completo do hidratante facial masculino
• 30 anos: hora de começar a cuidar mais da pele
• Como agem as substâncias dos cremes masculinos?

Foliculite

É a infecção bacteriana do folículo piloso onde nasce o pelo. A bactéria estafilococos encontra ali um lugar adequado para invadir e se proliferar, causando as bolinhas vermelhas semelhantes a espinhas, que coçam e doem e às vezes têm pus. As bolinhas podem aparecer em qualquer lugar onde haja pelos: no rosto (principalmente na região da barba), no peito, axilas, coxas, bunda e virilha.

Como tratar

O tratamento depende da gravidade e intensidade da foliculite. Deve-se caprichar na higiene da área afetada, usando sabonete neutro antisséptico. Em casos leves, pode-se aplicar compressas de água morna para diminuir as pústulas. Em casos mais graves é necessária a aplicação de pomada com antibiótico sobre as lesões ou tomar o remédio por via oral.

Espinhas nas costas, peito e bunda

A acne aparece não só no rosto, mas nesses outros lugares do corpo. Diversos fatores influenciam seu surgimento: alterações hormonais (principalmente na adolescência), excesso de produção de sebo, predisposição genética, infecção por bactérias e até estresse. As cicatrizes de acne são sequelas das manifestações mais graves, quando a inflamação intensa impede a perfeita cicatrização das lesões.

Nas costas, peito e bunda, transpiração excessiva e uso de camisetas, calças e cuecas de tecidos sintéticos e grossos, que fazem atrito na pele e não a deixam respirar, favorecem o surgimento das espinhas.

Como tratar

Na acne do rosto, o principal cuidado é usar sabonete facial formulado para pele acneica, para controlar e regular a produção de sebo. Existem várias marcas de sabonetes, líquidos e em barra, para essa finalidade. As substâncias mais utilizadas são enxofre, ácido salicílico e peróxido de benzoila.

Nos casos de acne corporal, evite o uso de roupas de tecidos sintéticos e prefira sempre o algodão, que absorve a transpiração.

Casos de acne mais severa pedem orientação médica, porque frequentemente é preciso tomar medicamentos por via oral ou tratar a pele com laser em clínicas dermatológicas.

Micose de virilha

Seus sintomas são vermelhidão, pele descamada, rachada ou descascada na virilha ou na área entre o escroto e a coxa. O problema é causado pelo mesmo fungo que causa a frieira ou pé de atleta e se prolifera em ambientes quentes e úmidos.

A micose de virilha afeta principalmente homens e meninos adolescentes nas regiões íntimas que retêm umidade. Pode ocorrer também em esportistas que transpiram muito e usam roupas justas ou de tecidos sintéticos que ficam molhadas no corpo.

Como tratar

Pode-se curar a infecção com medicamentos antifúngicos, como cremes, vendidos em farmácias. Outras recomendações são lavar bem a área com água e sabão, secar bem depois de tomar banho ou fazer exercícios e preferir cuecas de algodão, em vez de tecidos sintéticos.

Eczema

O eczema ou dermatite atópica é uma condição crônica, influenciada por fatores genéticos e ambientais, com períodos alternados de melhora e piora. Mas a confusão com uma simples “alergia” é o principal motivo para muitas pessoas não procurarem ajuda médica.

Seus sintomas são erupções avermelhadas em algum lugar do corpo, acompanhada de coceira e descamação. Sua causa é uma alteração na barreira cutânea, que fica mais sensível e reativa a determinadas situações e componentes de algum agente agressor, como ácaro, mofo, pelos de animais, roupas sintéticas ou de lã etc. Estresse emocional também é um fator desencadeador das crises.

Como tratar

Como não existe prevenção ou cura, um dos tratamentos é justamente o controle dos sintomas. É importante conhecer seus gatilhos, os fatores que podem agravar suas crises, e adequar o ambiente como forma de prevenção. Evitar locais com poeira, penas, pelos, perfumes e ácaros; não tomar banhos longos e muito quentes e usar sabonetes neutros ou hidratantes são algumas medidas para diminuir as crises.

Dermatite de contato

A dermatite de contato pode ser irritativa – a mais comum – ou alérgica. Diferentemente do eczema (dermatite atópica), essa dermatite surge apenas em regiões que entram em contato com a substância que desencadeia a reação: geralmente coceira, vermelhidão, descamação e inflamação.

O tipo irritativo pode ser provocado por ingredientes de produtos de cuidado pessoal (sabonetes, shampoos, desodorantes, perfumes e cremes), correntes e pulseiras feitas de níquel e outros metais, roupas de lã etc. Já a dermatite de contato alérgica é uma reação do sistema imunológico a uma substância que entrou em contato com a pele, que se repete quando acontece novamente a exposição. A pele fica sensibilizada a metais, plantas, látex, perfumes etc.

Como tratar

É preciso identificar o agente que provoca a reação da pele e evitar o contato. A identificação nem sempre é fácil, porque grande parte das pessoas não tem consciência de todas as substâncias que tocam sua pele. É necessário avaliar toda a rotina e o estilo de vida até conhecer a substância que deflagra a reação na pele. Se o processo de eliminação não ajuda a conhecer a causa, existe um teste que identifica a substância (alérgeno) que provoca a reação.