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Ter muitas pintas no corpo e no rosto não é motivo para se alarmar: basta começar a observá-las, porque podem ser sinais de câncer de pele.
Por Wilson Weigl
Você tem muitas pintas pelo corpo? Já parou para pensar a respeito delas?
Não é motivo para se alarmar, apenas de começar a prestar mais atenção nelas. Segundo os médicos, 70% dos casos de câncer de pele se desenvolvem em pintas pré-existentes.
“Quem tem mais de 50 pintas ou histórico de câncer de pele na família deve ficar mais atento”, diz a dermatologista Ivana Prado, da Clínica Adriana Vilarinho, de São Paulo, referência em dermatologia no Brasil (clique aqui para conhecer a clínica).
Todo mundo tem pintas, em maior ou menor quantidade. A pinta, chamada oficialmente de nevo, se forma pelo acúmulo de melanócitos (células responsáveis pela pigmentação que dá cor à pele). Sua cor varia entre marrom claro, escuro e preto, dependendo da profundidade da pele onde há a concentração de melanina. Seus lugares preferidos são rosto, peito, braços, costas e mãos, áreas que ficam mais expostas ao sol.
Pinta que não é perigosa tem formato regular, arredondado. Se começa a crescer, ganhar formato irregular, mudar de cor, sangrar ou coçar, é hora de se preocupar e procurar um dermatologista. O melanoma, tipo de câncer de pele mais perigoso, no começo parece uma pinta comum.
Em geral, a predisposição a pintas é parte de nossa herança genética. “A exposição ao sol sem proteção também favorece seu aparecimento”, diz Ivana Prado. Porque o sol é o grande inimigo da pele – você sabe. Ele provoca alterações profundas na pele, disparando o mecanismo natural da produção de melanina (a pele escurece para se defender da agressão solar) e causando manchas, pintas e sardas. Como a exposição solar é cumulativa (soma de todos os anos desde a infância), a situação piora à medida em que ficamos mais velhos.
E sabe qual a diferença entre pinta e sarda? Essa última, chamada efélide, aparecem em maior ou menor quantidade em pessoas de pele e olhos claros e, principalmente, em ruivos. “As sardas são sempre claras, em tonalidades da pele. Apesar de em geral serem genéticas, podem surgir, se acentuar e virar câncer, especialmente em quem tem pele muito clara”, diz Ivana Prado.
ABCDE das pintas
A dermatologia criou a regra do ABCDE para avaliar se pintas são normais ou podem ser tumores de pele. O autoexame permite descobrir precocemente todos os tipos de câncer de pele, e principalmente seu tipo mais grave, o melanoma, que penetra fundo na derme, levando as células cancerosas a entrar na corrente sanguínea e se instalarem outras partes do corpo. Veja o que observar no autoexame:
A (Assimetria): ao dividir mentalmente a pinta ao meio, os lados devem ser iguai. Se forem assimétricos, muto diferentes, há risco de ser maligna.
B (Borda): a pinta dever ter formato definido, com bordas arredondadas e regulares. Se ela se espalha com foma estranha, deve-se ficar esperto.
C (Cor): pinta que escurece ou tem mais de uma cor pode ser maligna.
D (Dimensão): pintas muito grandes podem ser malignas, apesar de que muitas pequenas também são. Não há uma medida padrão que sugira perigo, mas se estabeleceu que tamanho a partir de 6 mm deve ser examinado pelo dermatologista.
E (Evolução): se a pinta mudou de cor, formato ou tamanho deve-se procurar um dermatologista. Pintas normais não crescem nem mudam de cor.
A dermatologia desenvolveu um código de alerta para se prevenir do câncer de pele, principalmente do seu tipo mais grave, o melanoma, que penetra profundamente na derme, levando as células cancerosas a entrar na corrente sanguínea e se instalarem outras partes do corpo.
Cuidados para quem tem pintas
1. Autoexame. É a melhor forma de identificar os primeiros sinais da doença Observe seu corpo todo no espelho e procure qualquer mudança de aparência nas pintas ou se apareceram novas lesões. Para saber como fazer o autoexame, clique aqui.
2. Visitas ao dermatologista, principalmente se há casos de câncer de pele na família.
3. Fotoproteção. É obrigatório usar protetor solar (com FPS 30, no mínimo) no rosto todos os dias. No corpo, sempre que for tomar sol, correr, caminhar, pedalar ou fazer esporte ao ar livre. O filtro tem que oferecer proteção contra radiação UVA e UVB.
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