Testei o Dior Sauvage em versão eau de parfum

Perfume delicioso da Dior, versátil para ser usado de dia e à noite, ganha reinterpretação intensa e encorpada, que dura mais tempo no corpo.

Por Wilson Weigl   @wilsonweigl

Já ficou repetitivo dizer que uma tendências mais fortes da perfumaria masculina atual são os sucessivos lançamentos de fragrâncias em versão eau de parfum (EDP). Os perfumes com maior concentração de essências estão agradando em cheio aos homens, porque são poderosos. Além de durar mais tempo no corpo do que as eaux de toilette (EDT), são fragrâncias marcantes e envolventes, que levam notas exóticas e másculas (leia aqui o post sobre as EDPs).  O mais novo membro desse clube é o Sauvage da Dior, que acaba de ganhar sua reinterpretação mais encorpada.

O Sauvage original foi lançado em 2015 e, na minha opinião, é um perfume destinado a figurar por anos entre os melhores lançamentos masculinos (bom, só o tempo dirá). Consegue ser ao mesmo tempo refrescante, energético e sofisticado. Resultado: pode ser usado tanto de dia, no trabalho, ou à noite, em encontros e baladas. No ano passado, ganhou uma versão em spray com pegada mais esportiva, o Very Cool (leia aqui sobre ele).

O perfumista François Demachy manteve na versão EDP boa parte da composição do original, como as notas de bergamota da Calábria, pimenta Sichuan, lavanda, ambroxan (versão sintética e ecologicamente correta do âmbar cinza natural), cedro e ládano. Acrescentou, porém, especiarias exóticas e orientais como baunilha de Papua, anis estrelado e noz-moscada, o que deu à ele um toque mais maduro (vamos dizer assim) e noturno.