10 coisas que todo homem precisa saber sobre sua saúde sexual

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Muitos homens escondem suas dúvidas, principalmente relativas à temida (e comum) ejaculação precoce ou às broxadas ocasionais. Não há justificativa para continuar sofrendo sozinho.

Por Wilson Weigl

Gozar antes da hora ou broxar quando se está nervoso é normal. Acontece com todo homem uma vez ou outra. Complicado é que muitos caras se sentem constrangidos em procurar um médico ou se abrir com os amigos sobre questões íntimas, por achar que essas situações colocam em dúvida sua masculinidade. Muitos e muitos homens guardam segredo sobre seus problemas e dúvidas, principalmente relativos à temida (e comum) ejaculação precoce ou às broxadas ocasionais. Mas também sobra insegurança sobre questões como fimose, sexo oral, queda de testosterona e muito mais.

Hoje a maior parte dos problemas sexuais pode ser tratada com ótimos resultados — inclusive a ejaculação precoce. Não há justificativa para continuar sofrendo sem necessidade ou deixar que qualquer problema se agrave ou se instale de vez.

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Para manter o equipamento sempre saudável, é importante consultar regularmente um urologista (lembre-se de que as mulheres costumam ir ao ginecologista pelo menos uma vez por ano). Fazer consultas de rotina e exames é fundamental para manter a saúde sexual em dia e evitar o diagnóstico de doenças já em estágio avançado.

Veja se algumas das dúvidas mais comuns ouvidas pelos médicos em consultório se aplica a você.

1. Ejaculação precoce tem cura

E a cura é relativamente fácil. A ejaculação é considerada precoce apenas quando o homem nunca tem controle sobre ela. E o gozo acontece antes, no momento ou logo após a penetração, sem tempo para que o parceiro chegue ao orgasmo. Essa é a disfunção sexual masculina mais comum e atinge 25% a 30% dos homens. Muita gente, hein? Mas o problema tem tratamento, que pode ser baseado em técnicas comportamentais de controle, medicamentos e psicoterapia.

O objetivo é diminuir a ansiedade (essa é geralmente a causa, e não alguma disfunção física ou anatômica), para que o homem ganhe controle sobre a urgência de ejacular. O problema é que muitos homens não têm coragem de procurar um médico para tratamento. Não caia nessa: o médico está aí para isso, e geralmente os resultados dos tratamentos são satisfatórios. E quanto mais cedo for o diagnóstico, melhor.

2. Ansiedade causa problemas de ereção

Nervosismo na hora H leva facilmente à broxada. Excesso de expectativa e medo de falhar durante a relação (as chamadas causas psicogênicas da disfunção erétil) aumentam a liberação dos hormônios do estresse. Com isso, há uma descarga no organismo de adrenalina, hormônio que impede o enrijecimento do pênis e a entrada do sangue que provoca a ereção. Enquanto a adrenalina estiver circulando, o pênis não fica completamente duro.

O risco é que o problema se torne recorrente: o pânico de que a situação se repita faz com que a situação se repita, pelos motivos psicológicos e orgânicos explicados acima.

Só 10% dos casos de disfunção erétil tem causas físicas, relacionadas ao pênis, testículos ou desequilíbrios de hormônios como a testosterona. Em 90% dos casos a dificuldade de obter ou manter a ereção tem fundo psicológico: o problema está na cabeça de cima. Psicoterapia e medicamentos contra a ansiedade vão botar sua cabeça no lugar.

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3. Homens de todas as idades têm problemas de ereção

A dificuldade de ereção pode ocorrer em qualquer época, inclusive em jovens. As chances aumentam com a idade, principalmente a partir dos 40 anos. O problema pode se instalar tanto por causas psicogênicas (leia acima) quanto por causas orgânicas (quando há alguma alteração em um dos mecanismos responsáveis pela ereção). Podem ser doenças que comprometem a capacidade de o cérebro enviar comandos para a periferia do corpo, doenças que afetam os nervos periféricos (diabetes mellitus ou cirurgia para o tratamento do câncer de próstata) ou condições que causam lesões nos vasos sanguíneos do pênis, como hipertensão arterial, colesterol alto ou cigarro.

4. Fimose pode causar doenças

A fimose é o estreitamento na abertura do prepúcio (pele que recobre a cabeça do pênis, a glande). Se ao puxar a pele, você não consegue expor a cabeça do pênis, é porque tem fimose. Além de levar a desconforto e lesões durante a penetração, ela dificulta a limpeza da glande, predispondo a infecções e aumentando a chance de desenvolvimento de câncer de pênis. 

A cirurgia de fimose na idade adulta é um procedimento rápido e que pode ser realizado em ambulatório, sem necessidade de internação em hospital.

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5. Camisinha protege de várias doenças

São muitas as DSTs (doenças sexualmente transmissíveis). Não só a Aids, a mais perigosa, causada pelo vírus HIV, mas herpes, sífilis, gonorreia, clamídia, candidíase, HPV e hepatite tipo C . As doenças podem ser transmitidas por meio do sexo vaginal ou anal. Ou seja, fazer sexo sem proteção é perigoso sempre e “deixar rolar” na hora H é a pior mancada. Usar sempre preservativo continua sendo a forma mais eficaz (ou mesmo a única) de se defender das DSTs.

6. Sexo oral oferece risco de doenças

Não é uma prática 100% segura. O risco de contágio de doenças no sexo oral existe, apesar de menor do que no sexo vaginal ou anal. Os vírus e bactérias estão mais presentes no esperma, mas existem também no líquido pré-ejaculatório e na secreção da vagina.

Lembrando que o risco é maior para quem faz o sexo oral e menor para quem recebe. E o perigo aumenta caso haja ferimentos ou cortes na boca ou na língua: aftas, gengivites ou machucados causados pela escova de dente.

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7. Beber álcool prejudica a ereção

Com certeza. Sabe o bêbado que não consegue transar porque o pênis não sobe na hora H? É fato, mas a situação é mais complexa. Do lado positivo, como o álcool tem efeito relaxante sobre o sistema nervoso central, uma bebidinha descontrai quem fica meio nervoso na hora de transar. Mas à medida que se bebe mais e mais, essa ação relaxante se torna depressiva, comprometendo o mecanismo da ereção. Por isso é que caras bêbados têm dificuldade de chegar lá. Álcool em excesso não apenas provoca apenas broxadas episódicas como também contribui a médio e longo prazo para a disfunção erétil, por causa do comprometimento da saúde de modo geral.

8. Cigarro atrapalha a ereção

O cigarro detona a saúde de todos os jeitos, mas há também uma relação direta do tabagismo com a dificuldade de ereção. Nicotina e outras substâncias nocivas entopem e endurecem as artérias, inibindo o fluxo do sangue que endurece o pênis. Segundo pesquisas, fumantes são 50% mais propensos à disfunção erétil do que não fumantes. Pode acreditar que aquela foto medonha do maço de cigarro é pura verdade!

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9. Câncer de testículo é comum entre jovens

Por isso os homens jovens precisam ficar atentos a qualquer alteração na bolsa escrotal. O câncer de testículo, apesar de raro (representa cerca de 5% dos casos de câncer em homem), ocorre com mais frequência em jovens entre 20 e 40 anos. Diagnosticado precocemente, ele é bastante tratável com grandes chances de cura total.

Para prevenir, todo homem precisa periodicamente fazer o autoexame, manipulando as bolas e a pele e verificando o surgimento de algum nódulo (mesmo que pequeno e indolor). Também são sintomas desse câncer: sensação de peso ou dor ou incômodo no testículo, no saco ou na virilha.

10. Nem todo homem tem queda de testosterona depois dos 40 anos

Andropausa é um termo de uso corriqueiro que se refere à queda do nível dos hormônios masculinos, que realmente pode ocorrer a partir dessa idade. Mas os estudos apontam que apenas 20% dos homens com mais de 40 anos de idade apresentam baixa de testosterona. Ou seja, 80% envelhecem com os níveis normais do hormônio e vida sexual normal. Entretanto, o termo médico correto é Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM). Mas mesmo essa condição é facilmente tratada com a reposição da testosterona, que é feita na forma de injeção intramuscular ou transdérmica (gel aplicado diariamente na pele).

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