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Segundo pesquisa da Gillette, só 49% dos brasileiros está feliz com seus cuidados. Confira dados do comportamento do homem na frente do espelho.
Por Wilson Weigl
Sabe aquele momento em que um “clique” desencadeia tremendas mudanças na vida pessoal ou profissional da gente? Todo homem passa por isso em algum momento — emprego novo, namoro, casamento, saída da casa dos pais. E isso desperta a vontade (ou a necessidade) de se cuidar mais e prestar mais atenção a barba, cabelo e roupa. Para descobrir qual a situação que deflagra esse upgrade na rotina masculina, a Gillette fez uma pesquisa online com homens do mundo todo que mostrou dados bem interessantes sobre os fatores que motivam a gente a começar a se preocupar mais com barba, cabelo e roupa.
Nas respostas, 95% dos 3.000 homens entre 22 e 34 anos, de onze países, incluindo o Brasil, concordaram que passaram por um “momento clique” que despertou neles a vontade de promover uma mudança pessoal positiva. Para alguns, foi um novo emprego que deu o start; para outros, engatar um novo relacionamento. Confira alguns resultados da pesquisa.
COMPETIÇÃO COM OUTROS HOMENS
Revelador foi que para 34% o gatilho para caprichar mais no visual foi a conquista de um novo emprego, enquanto que 27% atribuíram a mudança ao começo de um novo relacionamento. Traduzindo: estamos conscientes de que a competição com outros homens no trabalho não está para brincadeira e isso inspira mais o desejo de mudança do que se envolver com alguém novo. E que visual largadão não tem mais espaço no ambiente corporativo. Tanto que 19% resolveram dar um tapa no visual depois de receber uma promoção. A galera está esperta, já que a esmagadora maioria (84%) considera o sucesso financeiro uma meta “extremamente importante” para os próximos cinco anos, enquanto 80% quer ascensão na carreira.
INSATISFAÇÃO COM OS CUIDADOS PESSOAIS
Um dado impressionante revelou que só menos da metade dos homens se considera “extremamente satisfeito” em relação a seus cuidados pessoais. Um terço reclamou do estresse causado por problemas ao barbear, como ardor, irritações e cortes.
Só a metade dos pesquisados (49%) se diz “extremamente satisfeito” com sua rotina de cuidados pessoais. Um em três homens (33%) atribui à barba seus principais problemas nos cuidados diários – a porcentagem foi ainda maior entre os brasileiros: 45%. E com a certeza de que “deve haver um produto melhor do que este que estou usando”, eles querem experimentar novas opções, levando em conta o preço e dicas de outras pessoas.
A pesquisa não explicita os motivos da insatisfação com os produtos de barba, mas a gente arrisca um palpite. Boa parte dos homens ainda usa aparelhos descartáveis, mais baratos, com menos lâminas e pouca lubrificação. E ainda relaxa na escolha da espuma, do gel e do pós-barba. Isso quando não faz a barba com sabonete ou só com água. Um combo que tem tudo para dar merda, principalmente para quem sofre com pele sensível.
Nessa procura por novos produtos, quase todos se dispõem a pagar mais por algo melhor: apenas 10% dos homens disseram ter trocado um produto de barbear por outro mais barato. Ou seja, a gente quer produtos que resolvam nossos problemas e considera o preço secundário.
OPORTUNIDADE DE MELHORAR O VISUAL
É provável que os homens precisem de um empurrão para melhorar seu look – apesar do alto índice de insatisfação, poucos vêem oportunidades para colocar em prática mudanças na aparência.
Apenas 3 em cada 10 pesquisados (31%) acham que a área em que têm a maior oportunidade de evoluir é o estilo pessoal. Mais da metade (58%) acha que tem mais chance de melhorar na situação financeira, na carreira (57%) e nas experiências de vida (41%). Paradoxalmente, a pesquisa mostrou também que eles não acham que tudo vai bem com seu estilo pessoal: além dos 49% “extremamente satisfeitos” com sua rotina de cuidados pessoais; 39% se sente OK com suas roupas e 33% com sua alimentação, que consideram saudável.
OPINIÃO DA CARA-METADE
Metade dos homens afirma estar esperto sobre a opinião da namorada, mulher ou namorado sobre seu visual. Na pesquisa, 54% dos brasileiros disseram que a(o) parceira(o) “influencia muito” seus hábitos de cuidados com aparência. Esse número sobe de 47% entre os homens de 22 a 29 anos para 61% entre os que têm de 30 a 34 anos. Em segundo lugar vem a influência da família (45%) e, depois, dos amigos (23%).
Começar um novo relacionamento também motiva a galera: o início de um romance estimulou um em cada três homens (30%) a caprichar mais no trato.
INFLUÊNCIA DAS CELEBRIDADES
Mais da metade dos entrevistados (57%) disse que atores e esportistas “não influenciam em nada” suas escolhas em relação a estilo pessoal e hábitos de cuidados pessoais. Mas pelo que dá para entender, 43% fica ligado em Neymar, David Beckham, Caio Castro, Rafael Nadal, Calvin Harris, Cristiano Ronaldo e outros bacanas. Se não fosse assim, marcas como Armani, Tommy Hilfiger, Hugo Boss e a própria Gillette, entre muitas outras, não gastariam milhões de dólares para tê-los como embaixadores ou garotos-propaganda. Bem, esse impasse parece que só pode ser resolvido nos pênaltis.
A pesquisa criada e analisada pela Ketchum Global Research & Analytics consultou 3.300 homens com idades de 22 a 34 anos de 11 países: Brasil, China, França, Alemanha, Índia, Itália, México, Polônia, Rússia, Turquia e Reino Unido.
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