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A “ansiedade de performance”, o estresse e a tensão são as causas de 90% das situações de dificuldade de ereção e ejaculação precoce. Vamos relaxar e mandar embora os problemas na cama?
Por Wilson Weigl
Se tem algo que é um golpe mortal na autoestima do homem é falhar na hora H. Ou gozar antes da hora, quando o lance mal começou. Vez ou outra isso acontece com todo mundo. Quem nunca? O problema é quando esses percalços começam a ficar recorrentes, sinalizando um distúrbio que quase sempre é psicológico.
Sim, psicológico! Porque segundo os médicos, 90% dos casos de disfunção erétil e ejaculação precoce tem fundo emocional; apenas 10% tem causas orgânicas. A ejaculação precoce, por exemplo, que é um problema extremamente comum (afeta de 25 a 30% dos homens) quase sempre é deflagrada por ansiedade.
Muitos de nós, homens, sofremos do que é chamado de “ansiedade de performance” ou de “desempenho” na cama. Desde menino, aprendemos que o homem deve sempre tomar a iniciativa, tem que estar disponível para o sexo a qualquer hora, é responsável por levar a parceira às alturas no orgasmo, porque essas seriam condições indispensáveis para ser “macho” de verdade. Resultado: o temor de não “corresponder” na hora H.
A tensão e as preocupações não só baixam a libido e detonam o tesão, fazendo muitos homens perderem temporariamente o interesse por sexo, como também prejudicam o mecanismo da ereção (leia mais abaixo), por causa da química de neurotransmissores cerebrais como a adrenalina e o cortisol, o hormônio do estresse, que dificultam o endurecimento do pênis. O medo de falhar quase sempre leva a falhar.
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Já na ejaculação precoce as causas são quase sempre psicológicas ou emocionais. A ansiedade é a causa mais frequente, e geralmente vem associada a experiências negativas do início da vida sexual. Pode ser que, na adolescência, o sexo fosse relacionado a “culpa” ou que as primeiras masturbações tenham sido sempre rápidas e ansiosas, por medo de ser pego em flagrante ou por falta de privacidade (por exemplo quando se divide o quarto com um irmão).
As broxadas e gozadas prematuras podem acontecer em várias situações, sempre ligadas a altos níveis de ansiedade ou medo. Por exemplo, quando o homem se sente inseguro com uma mulher ou homem que de alguma maneira o atemoriza na cama. Pode ser alguém liberado(a) demais, bonita(o) ou gostosa(o) demais (tipo muita areia para o caminhão) ou, ainda, pode ser que o sexo tenha sido aguardado e “idealizado” por muito tempo antes de se concretizar.
Os problemas também ocorrem quando o sexo acontece em circunstâncias que não privilegiam o relaxamento e a privacidade, como no carro, em lugares públicos, num quarto onde outras pessoas podem ouvir etc. A ansiedade, de novo, está por trás de tudo.
Nesses tipo de situações, quando a adrenalina já circula na corrente sanguínea, impedindo que o sangue flua para o pênis, não adianta ficar “batendo” uma na frente da(o) parceira(o), porque o problema não é falta de estímulo corporal. O drama está na cabeça. Daí você fica envergonhado, cada vez mais nervoso e o organismo despeja ainda mais adrenalina no sangue.
Se as broxadas e gozadas prematuras fazem parte da sua vida sexual, a única solução possível é consultar um urologista.
O tratamento da ejaculação precoce costuma ser bem fácil. Muitos médicos sugerem as terapias de controle ejaculatório, mas muitos já partem para a prescrição de medicamentos antidepressivos, que apresentam o efeito colateral de retardar a ejaculação, porque aumentam a quantidade de serotonina (ligada ao bem-estar) no cérebro. O inconveniente dos antidepressivos é que são remédios de uso contínuo e, quando suspensa a medicação, o problema costuma voltar. Mas o tratamento inicial, que pode reverter o problema, não costuma durar mais de 3 ou 4 meses.
Uma terapia não-ortodoxa usada por muitos médicos para a dificuldade de ereção, principalmente em homens jovens e com pouca experiência sexual, é a prescrição de remédios à base de sildenafila (princípio ativo do Viagra) ou tadalafila (ativo do Cialis). A confiança de que o pênis vai ficar duro por causa do remédio faz diminuir sensivelmente o nível de ansiedade na hora H. Mas não se pode tomar esses medicamentos por conta própria, apenas prescritos por um médico.
Você também pode dar uma força para o pênis desempenhar seu papel levando em conta nossas dicas abaixo.
Controle o nervosismo
O estresse, a ansiedade e a tensão fazem o mesmo efeito no seu pinto como a kriptonita no Super-homem. Se você deixar o nervosismo o dominar na hora H muito provavelmente vai ter um problema de ereção ou de ejaculação precoce, mesmo não tendo esses problemas.
Situações tensas fazem o organismo despejar adrenalina na corrente sanguínea, como forma de prevenir um problema cardíaco. A adrenalina afrouxa as artérias para evitar o infarto e, junto, impede que o sangue fique “preso” no pênis. Tchau, ereção! Sabe a história do homem das cavernas quando ficava frente a frente com um leão na floresta? É a mesma coisa.
Enquanto a adrenalina estiver circulando, o pênis não fica 100% ereto. Então, calma aí. Brinque, beije, curta preliminares, dê um tempo até o equilíbrio se restaurar no seu organismo. Percebeu de cara que está nervoso, adrenalinado, com o coração batendo antes da transa? Cancele, adie, deixe para mais tarde quando estiver mais calmo, porque o risco de broxada é grande.
Cuidado com o álcool
O álcool tem efeito relaxante sobre o sistema nervoso central, mas essa ação evolui para depressiva de acordo com a quantidade de bebida consumida.
O efeito do álcool na pessoa varia segundo o número de doses, a gradação alcoólica da bebida, a massa corporal e o grau de tolerância. Mas quando ultrapassado o limite, o efeito depressivo leva ao “embotamento” do mecanismo da ereção.
Um “esquenta” de um ou dois drinques ajuda a gente a relaxar. Bebericar quebra o gelo e dá uma força para os tímidos se soltarem mais. Mas bastam algumas doses a mais para levar um homem ao fiasco na cama. Por isso caras bêbados quase nunca conseguem chegar lá.
A dependência alcoólica pode comprometer o desempenho sexual em curto ou longo prazo, porque bebida em excesso não apenas provoca apenas broxadas episódicas como também contribui para a disfunção erétil, por causa do comprometimento da saúde de modo geral.
O perigo de sempre beber, mesmo que pouco, antes de transar é que o hábito crie dependência psicológica. O cara sempre vai precisar de uma dose para conseguir se soltar antes de tirar a roupa.
Drogas recreativas também broxam
Efeitos colaterais de alguns remédios podem complicar a ereção. Alguns prejudicam o fluxo do sangue para o pênis e outros diminuem a libido, colocando o tesão lá pra baixo. Alguns homens podem sentir impacto na libido de alguns remédios contra a calvície. Mas o problema são as drogas recreativas, como maconha, cocaína, poppers e ecstasy, que podem afetar diretamente o mecanismo da ereção. E a longo prazo causarem dependência e malefícios graves à saúde.
Drogas como cocaína e ecstasy têm efeito vasoconstritor, dificultando o fluxo sanguíneo para o pênis. Por5 isso pense duas vezes antes de entrar em “estado alterado”, por drogas ou álcool, antes de uma transa.
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