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Veja todas as táticas para evitar o incômodo do excesso de suor nos sovacos, nas mãos, nos pés e nas partes íntimas.
Por Wilson Weigl
O corpo é sábio. Se não transpirássemos, morreríamos. No calor ou no exercício, a temperatura corporal subiria a ponto de causar pane total no coração e no cérebro. Nos momentos de superaquecimento, o organismo produz suor para resfriar a pele. O problema é quando esse “banho” de dentro para fora acontece além da conta. O sujeito sua em bicas ou o desodorante “vence” cedo demais.
Suar muito não significa necessariamente cheirar mal. Você pode ficar encharcado depois de se exercitar e não ficar fedido, enquanto algumas pessoas fedem mesmo suando pouco. Mas existem táticas para diminuir, controlar e disfarçar a transpiração excessiva e, também, atenuar o cheiro ruim.
O suor é liberado tanto por causas fisiológicas (exercício, calor) quanto psicológicas (estresse, nervosismo). O líquido secretado pelas glândulas sudoríparas é formado 90% de água e não tem cheiro. Mas contêm secreções que são contaminadas por bactérias que gostam de se alojar em lugares do corpo úmidos, quentes e abafados. Resultado: fedor.
Milhões de glândulas sudoríparas estão espalhadas pelo corpo todo e em maior quantidade nas axilas, palmas das mãos e dos pés, virilha e couro cabeludo. As glândulas écrinas excretam um líquido formado por água e sais, transparente e sem cheiro. Já as glândulas apócrinas produzem uma mistura de gorduras e proteínas que é território fértil para a proliferação das bactérias causadoras do mau cheiro (bromidose).
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Tem gente que sua mais e gente que sua menos, porque a quantidade de líquido eliminado depende de fatores como sexo, idade, tipo de alimentação, nível de hidratação do corpo e estresse. Quem transpira muito pode sofrer de hiperidrose, condição de hiperatividade das glândulas sudoríparas, por causas emocionais ou hereditárias. Nesse caso, o ideal é consultar um dermatologista, porque às vezes é preciso tratar o problema com medicamentos.
Confira as estratégias para sofrer menos com o suor.
Suor no sovaco
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Apare os pelos das axilas
Além de aumentar a temperatura corporal nas axilas, os pelos “seguram” as bactérias causadoras do mau cheiro que não evaporam junto com o líquido do suor. Então convém dar uma aparada periódica nos pelos (não precisa depilar, basta aparar). Corte apenas o excesso, deixando os pelos com uma altura entre 1 e 1,5 centímetro. Leia aqui o post completo que ensina como aparar os pelos dos sovacos.
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Use desodorante antitranspirante
Primeiro é preciso saber a diferença entre desodorantes e antitranspirantes. Os desodorantes “normais” matam as bactérias e neutralizam o mau cheiro, mas não diminuem a produção de suor. Já os antitranspirantes (ou antiperspirantes) têm substâncias como sais de alumínio e zinco, que diminuem a atividade das glândulas sudoríparas e impedem a liberação de líquido. Por isso são recomendados para quem sua muito.
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Aplique botox nas axilas
A toxina botulínica, mesma substância injetada no rosto para diminuir rugas, é comprovadamente eficaz para diminuir a sudorese não apenas nas axilas como também nos pés, mãos e outras partes do corpo. O botox relaxa a musculatura local e impede a liberação temporária da acetilcolina, substância produzida pelas glândulas sudoríparas, inibindo a produção de suor. A aplicação é feita por injeção bem superficial, sob a pele. Não existe restrição de idade para aplicação de botox.
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Preste atenção aos tecidos das roupas
Certos tecidos sintéticos impedem a pele de respirar e aumentam a transpiração. Por isso, quem sua muito ou vive em lugares quentes deve dar preferência a roupas confeccionadas com fibras que absorvem o suor e não bloqueiam a respiração da pele (algodão, linho, viscose etc). Preste atenção na etiqueta da peça se ela não contém poliéster e outras fibras 100% sintéticas.
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Use camiseta por baixo da camisa
Uma camiseta branca ou cinza clara sob a camisa absorve o suor e impede que ele forme pizzas. Mas a camiseta tem que ser de manga curta, e não regata, para cobrir as axilas.
Uma boa opção são as camisetas antissuor, feitas de materiais mais absorventes do que os tecidos comuns (modal, algodão ou fibra de bambu). Algumas têm reforços nas axilas para reter ainda mais o suor. Há modelos com gola em V, que não aparecem sob a camisa mesmo com os primeiros botões abertos.
Suor nas partes íntimas
As partes íntimas também têm alta concentração de glândulas sudoríparas e, também, são um ambiente quente e úmido muito apreciado pelas bactérias causadoras do mau cheiro.
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Cheque o tecido da cueca
A mesma regra de camisas e camisetas se aplica às cuecas. Evite peças confeccionadas em tecidos predominantemente sintéticos, que esquentam a área, impedem a pele de respirar e não deixam o suor evaporar. Ao comprar a cueca, leia a etiqueta e confira a porcentagem de algodão e de outras fibras sintéticas (que deixam a peça ajustada ao corpo). Cuidado com o poliéster (fibra danada de tão sintética). Evite também cuecas muito apertadas.
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Deixe seu equipamento arejado
Deixe suas partes baixas arejadas sempre que possível. Tipo use short sem cueca quando for ficar em casa (ou até ande pelado, caso queira). O cheiro forte do suor na região genital piora por causa da urina e da secreção lubrificante produzida pelo pênis nos momentos de excitação sexual. capriche no banho: puxe a pele que cobre a cabeça do pênis, lave bem com água e sabonete e espere secar antes de vestir a cueca. Evite cuecas apertadas e não aplique desodorante no pênis e nos testículos, a não ser que seja um produto formulado especificamente para uso na área íntima.
Suor nas mãos e nos pés
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Aplique botox
Excesso de transpiração nas mãos e nos pés quase sempre é sintoma de hiperidrose, a hiperatividade das glândulas sudoríparas, de que já falamos acima. Segundo os especialistas, a melhor opção para tratar é a aplicação de botox (toxina botulínica), também explicada lá em cima neste texto.
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Cuide bem das bases
Os pés suam enfiados o dia todo dentro dos sapatos e tênis e embrulhados em meias que o impedem de respirar. O chulé é causado pela contaminação do suor por bactérias que encontram condições favoráveis à sua proliferação. Por isso é preciso dar atenção ao cuidado com os pés: usar desodorante em creme ou spray em todo o pé, só vestir meias limpas (de algodão), secar bem os vãos entre os dedos, usar sapatos de couro e evitar materiais sintéticos como plástico e borracha (o couro natural deixa os pés “respirar”). Para ler o post completo sobre como evitar chulé, frieira e micose, clique aqui.
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