6 decisões que vão melhorar sua libido e seu desempenho sexual

A saúde sexual do homem depende de como ele leva a vida… fora da cama. Adotar bons hábitos garantem sua performance na cama — agora e no futuro.

Por Wilson Weigl

Fotos: Deposit Photos

Sua boa forma sexual depende de seu estilo de vida, em qualquer idade. Seus hábitos — bons ou maus — repercutem na sua saúde, força e energia e, consequentemente, na sua libido e no seu desempenho no sexo.

Sob a ótica médica, a saúde sexual do homem começa em nível orgânico, quando funciona bem o processo físico-químico da ereção, resultado de uma complexa interação entre o cérebro e os sistemas nervoso, hormonal e vascular. O pênis recebe fluxo sanguíneo adequado para ficar ereto, responde bem à excitação sexual e fica duro (e permanece duro) sempre que seu dono quer.

Só que esse processo é influenciado por vários fatores comportamentais e pelo modo como o homem leva a vida… fora da cama. O corpo funciona — inclusive no sexo — de acordo com o que se come, com que frequência se faz exercício e como anda nosso estado psicológico.

A verdade infeliz é que muitos de nós não prestamos atenção no corpo até que alguma coisa dê errado — como o pênis não subir na hora H. Para alguns homens o entendimento da relação entre maus hábitos e saúde sexual só começa quando algo não anda bem. Pior ainda é quando constatam que são eles mesmos os causadores do problema.

Problemas de ereção ou redução do desejo costuma ser simultâneos à alimentação desequilibrada, estresse e sedentarismo. Peso acima do normal, tabagismo, abuso de bebidas alcoólicas, insônia, colesterol elevado, hipertensão, diabetes e depressão são outros fatores que diminuem a libido e prejudicam o mecanismo da ereção.

Fazer boas escolhas nem sempre é fácil. Muitos de nós necessitamos de motivação extra para sair do sedentarismo e se exercitar, parar de comer porcarias, não se deixar dominar pelo estresse, moderar no álcool, cigarro e drogas. E essa motivação extra pode ser ter uma vida sexual saudável, agora e no futuro.

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Todas as 6 mudanças de estilo de vida sugeridas a seguir podem parecer notícia velha, mas bons hábitos podem garantir sua libido e sua ereção, agora ou daqui a vários anos. E no mínimo vão encorajar você a deixar seu corpo mais saudável no geral — o que pode ser uma boa motivação por si só.

Controlar o peso

Excesso de peso é fator de risco para a dificuldade de ter ou manter a ereção. Ser obeso ou às vezes só estar acima do peso ideal predispõe a doenças crônicas e cardiovasculares e diminui a produção de testosterona. Um desastre completo! Além da influência fisiológica, a gordura corporal está por trás de problemas sexuais de fundo psicológico, como a diminuição de libido causada por baixa autoestima ou vergonha do corpo. Aqui vai um incentivo extra: ao perder peso, você fica melhor pelado. E isso não é vaidade. Abrace essa ideia.

Se seu problema for apenas alguns quilos a mais, provavelmente não deve precisar de acompanhamento médico. Mantenha uma alimentação saudável e equilibrada e pratique atividade física regularmente.

Exercitar-se regularmente

O exercício físico melhora a circulação, importante para a ereção, e aumenta a resistência muscular e cardiorrespiratória, que ajuda a ter relações sexuais mais demoradas e com mais disposição. A atividade física também alivia o estresse, que diminui a libido pelo aumento do cortisol (hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais) e libera no corpo neurotransmissores como a serotonina, que promove sensações de bem-estar e prazer.

Combine exercícios cardiovasculares (os aeróbicos, como correr, fazer esteira, andar de bicicleta, nadar) e treinamento de força (musculação, em exercícios com pesos na academia ou apenas com peso corporal). Mas não adianta só fazer exercício de vez em quando. É preciso praticar pelo menos 3 vezes por semana, por meia hora a 40 minutos. Esse é o mínimo, mas quanto mais, melhor.

Combater o estresse

Dizem que o órgão sexual mais importante não está entre as pernas, mas sobre os ombros: o cérebro. O estresse crônico prejudica a saúde sexual por provocar fadiga, ansiedade e diminuição da libido, sinalizando ao corpo para não querer se envolver em atividades não essenciais, como a atividade sexual.

Sob pressão do estresse, o cérebro ordena o aumento de cortisol e adrenalina, que inundam a corrente sanguínea e contraem os vasos sanguíneos que deveriam estar relaxados para a ereção. Tensão, nervosismo e ansiedade são causas da disfunção erétil psicogênica, sem causas físicas, que provoca as broxadas que acontecem quando não se espera.

O gerenciamento do estresse é uma escolha pessoal que pode incluir exercícios, meditação, técnicas de respiração profunda, hobbies ou atividades que trazem alegria e descontração, como aproveitar o tempo com os amigos. Investigue e escolha as opções que funcionam melhor para você.

Caprichar na alimentação

Se comer mal traz inúmeros malefícios à saúde de modo geral, porque não afetaria também a libido e a ereção? O consumo excessivo de gorduras saturadas pode levar ao entupimento das artérias e comprometer o fluxo sanguíneo para o pênis e as deficiências de certos nutrientes essenciais, como vitaminas, também pode afetar a potência sexual.

Alimentação ruim também é inseparável de obesidade, colesterol elevado e falta de controle da hipertensão e do diabetes, condições notórias para problemas circulatórios e hormonais com efeitos colaterais no desempenho sexual. Uma dieta saudável, balanceada e variada melhora inclusive o aspecto reprodutor, favorecendo a produção de espermatozoides de qualidade, por exemplo.

Evite ao máximo alimentos gordurosos, ultraprocessados, com excesso de sódio e gorduras trans, doces, refrigerantes e porcarias em geral. Reforce o consumo de proteína, carnes magras, legumes, frutas, verduras e pães e massas feitos de cereais integrais. Certos nutrientes têm sido associados à melhora da função sexual: ácidos graxos ômega-3 (encontrados em peixes como salmão e sardinha, em chia, linhaça, nozes, amêndoas e semente de girassol) ) e zinco (presente em carnes vermelhas, espinafre, sementes, nozes e castanhas, frutos-do-mar e gema de ovo).

Moderar álcool e cigarro

O consumo excessivo de álcool pode interferir na excitação e no desempenho, enquanto fumar restringe o fluxo sanguíneo, contribuindo potencialmente para a disfunção erétil. As bebidas alcóolicas têm efeito relaxante sobre o sistema nervoso central, e um “esquenta” de um ou dois drinques ajuda a descontrair. Porém com uns copos a mais a ação relaxante se transforma em depressiva do sistema nervoso, dificulta a resposta ao estímulo sexual e afeta a capacidade de ereção. Abuso de álcool não só provoca broxadas episódicas como piora a função erétil, em médio ou longo prazo, por danos ao sistema nervoso e às conexões entre o cérebro e o pênis.

Fumar detona a saúde de todos os jeitos, mas na relação direta com a ereção a nicotina e outras substâncias nocivas do cigarro entopem e endurecem as artérias, comprometendo o fluxo do sangue para o pênis. Fumantes são 50% mais propensos à disfunção erétil do que não fumantes.

Dormir o suficiente

A importância do sono de qualidade para a saúde sexual é frequentemente negligenciada, mas quando bem descansado, o corpo funciona de forma ideal, incluindo a produção de hormônios e os níveis de energia. A privação de sono, além de levar à fadiga diminui os níveis de testosterona e a libido.

Coloque como meta dormir de 7 a 9 horas por noite, a quantidade considerada ideal para a recuperação do corpo. Estabeleça um horário de sono, crie uma rotina relaxante para a hora de dormir e melhore o ambiente para o descanso: escureça o quarto, reduza o ruído e mantenha uma temperatura confortável. descanso.