Como manter a saúde mental na pandemia?

Num cenário de incertezas e mudanças na rotina, viramos pessoas ansiosas, inseguras, deprimidas. Sentimos falta de contato social, de amor. Ficamos angustiados vendo os noticiários, preocupados com a própria saúde ou com os entes queridos.

Nesse panorama, ganhou ainda mais importância e urgência a campanha mundial Setembro Amarelo, que procura debater e ajudar a prevenir problemas de saúde mental, que  levam muita gente  a tirar a própria vida.

O estresse associado a insegurança, medo de adoecer e problemas econômicos afeta principalmente quem vive sozinho: a solidão é fator de risco para a depressão, o suicídio  e o abuso das drogas  e do álcool.

Para acalmar a mente e o coração, aceite as situações alheias ao seu controle e que não podem ser modificadas. Afaste os pensamentos dos problemas e das chatices do dia-a-dia.

Não se isole. Muita gente que anda triste ou deprimida se retrai mais do que o necessário. Converse com familiares e amigos, ainda que de forma virtual. Telefone, mande mensagens ou faça chamadas de vídeo.

Não exagere na busca de informações: a avalanche de notícias na mídia só aumenta a ansiedade, a hipocondria e abre espaço para a depressão. Leia e se informe sobre outros assuntos além de vacina, política e economia.

Não se refugie no álcool ou nas drogas. Lidar com a solidão ou a depressão apelando aos “estados alterados” vai cobrar um preço alto  sob forma de mais ansiedade, ataques de pânico e outros sintomas psiquiátricos. 

A saúde física tem reflexo direto na saúde mental. Faça esporte ou academia, e, se possível pratique caminhada ou corrida na natureza.  Isso tudo mantém não só o corpo em dia  mas também o  cérebro saudável.

Se você está bem, olhe se à sua volta não há um amigo, parente ou colega que precisa desabafar, pede uma palavra amiga, um apoio. "A gente ama não é a pessoa que fala bonito. É a pessoa que escuta bonito" (escritor Rubem Alves).